"Ou é permitido o funcionamento pleno da Medicina Nuclear na Madeira, para o bem público, ou terei que avançar por outros procedimentos. Faço esta curta comunicação por aqui (CM) porque não tenho resposta interna há 3 anos !"
Recordadno um discurso:
Exmo Sr. Presidente do Governo Regional, Excelência
Exmo Sr. Secretário Regional dos Assuntos Sociais
Exma Sra Presidente do Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais
Exmo Sr. Presidente do Serviço Saúde da RAM, E.P.E.
Exmo Sr. Vice Reitor da Universidade da Madeira, (Prof. Doutor José Manuel Batista)
Exmas Sras Diretora Clínica e Enfermeira Diretora do SESARAM, E.P.E.
Exmo Sr. Presidente do Conselho de Administração da ACIN (Academia de Informática, Engenharia de Sistemas)
Demais entidades aqui presentes ... Caros Colegas,
A Medicina Nuclear nos Serviços de Saúde da Região Autónoma da Madeira é já uma realidade.
Passados 100 anos da primeira experiência com radiotraçadores (realizada em 1913), a Medicina Nuclear pública no Arquipélago da Madeira tem o seu primeiro espaço para realizar os primeiros exames funcionais nucleares em seres humanos. Então comemoramos, também, os 100 anos da experiência que deu início aos primórdios Medicina Nuclear. O “pai” é George de Hevesy, húngaro, prémio Nobel da Química em 1943.
Esta especialidade médica, desde 1988 em Portugal, com reconhecimento como especialidade médica a nível europeu em 1991, exerce a sua atuação, de forma a cobrir as necessidades das populações nacionais, desde há, sensivelmente, 20 anos (em Portugal continental).
Somos a primeira Região Autónoma de Portugal a ter esta tecnologia.
Para quem não sabe o que é a Medicina Nuclear, passo a tentar esclarecer: é uma área principalmente imagiológica, com atuação multidisciplinar, que visa introduzir um produto radioativo num organismo humano vivo (com circulação sanguínea assegurada) por forma a estudar, por meio do seu percurso e distribuição, determinados processos biológicos, patológicos ou não, que, por outra ordem, não seria possível, pelos meios que dispomos, atingir um diagnóstico ou eficácia terapêutica desejada. Primamos pela quantificação que permite atingir uma sensibilidade e especificidade diagnósticas que, atualmente, por outra alternativa diagnóstica, não é possível. A dose absorvida de radiação é, na maior parte dos exames, similar a uma radiografia simples do tórax.
A presença desta tecnologia permitirá realizar, pela primeira vez, na Região Autónoma da Madeira, um conjunto de técnicas diagnósticas e terapêuticas que nunca foram realizadas pelo SESARAM. Evitará a deslocação dos nossos doentes para o continente e permitirá uma relação de proximidade com os clínicos, contribuindo, desta forma, para o tratamento mais dirigido dos nossos doentes. Refiro também que, quase todas as técnicas, não têm efeitos laterais e, que, a sua realização, em algumas situações, poderá ser efetuada em grávidas após decisão multidisciplinar.
O que vamos ter cá, além da Medicina Nuclear Convencional, será a osteodensitometria, pela primeira vez em regime público. É uma técnica da Medicina Nuclear, utilizada por outras especialidades, que irá permitir avaliar e seguir utentes com patologias que provocam a osteoporose.
Iremos, também, reduzir enormemente os custos de realização destes exames. Pouparemos, nalguns exames, cerca de 10 vezes mais relativamente ao seu preço basal proposto e defendido pela Direção Geral de Saúde.
Após estas condições, logicamente vantajosas, iremos trabalhar em conjunto para dar a melhor resposta possível aos nossos clínicos por forma a servirmos, melhor ainda, os utentes da Região Autónoma da Madeira.
A Medicina Nuclear agradece a todas as equipas internas e externas ao SESARAM envolvidas neste projeto. Uma palavra de enorme gratidão ao Governo Regional, pelo investimento permitido e realizado e, também, pela Vossa visão. De forma direta e pessoal, agradecemos ao Sr. Presidente do SESARAM Dr. Miguel Ferreira. Sem a sua permanente monitorização deste processo, não seria possível a sua conclusão. Esperamos por si, também, pelo apoio nesta continuidade.
Muito Obrigado.
Recorte pertinente do Diário de Notícias. 2 de Outubro de 2013. Amplie: