Obras na Bom Jesus

Domingo, 2 de Setembro de 2018 16:12

Texto, título e imagens enviadas pelo autor.

Acho que todas as partes têm razão nas críticas e observações que fazem às obras que estão a decorrer na Rua do Bom Jesus, no trecho que vai da 31 de Janeiro ao cruzamento com a Rua das Hortas e, esperemos que se fiquem por aí, pois mais cortes de árvores levará a uma Intifada que vai arrancar as pedras da nova calçada (com a qual concordo).

Não houve planificação na substituição das árvores. Sim, isso existe mas só para gente que escuta os outros ou pelo menos copiam exemplos, não conheço neste povo superior gente humilde a governar para o bem de todos, é cada um com a sua capela, muita arrogância e política.

Entretanto, o PSD Madeira que não tem água com que se lave, quer tornar o episódio da Rua do Bom Jesus numa forma de equilibrar o seu falhanço total com as ribeiras. Pretendem chegar ao ponto de dizer que são menos mauzinhos ou pelo menos iguais, apesar da agressão milionária do revestimento das ribeiras e das pontes centenárias abatidas. Quem sim perde sempre são os madeirenses, os munícipes e o turismo. Em breves anos estamos a ficar com uma zona que bem poderia ser designada por Flintstones Town já que apesar dos chineses terem comprado ou alugado muita coisa na Madeira ainda lhes é vedada tal situação por não terem um gueto.

É preciso acabar com estes episódios de agressão à natureza pois numa altura em que vamos bem mal de clima, os governantes seguem com uma imagem de incompetência ou ganância à volta das obras que não são nada pedagógicas. Em vez de betão deveríamos estar a plantar árvores com inteligência, enquanto é tempo, andamos com uma psicose anti árvores que misturado com a política é perigoso. Está mais quente, estamos mais expostos a UVs, temos menos humidade relativa, estamos na zona que está para secar mas nem isso nos faz mitigar e trabalhar rápido. As árvores não crescem de um dia para outro. Precisamos de uma cidade amiga da natureza e do ser humano. Humanizar contempla a natureza basta ver como noutras partes já imortalizam seres humanos dando-lhes nomes de gente falecida, isso torna cada árvore mais respeitada por se associar a sentimentos e lembranças. Se plantasse uma árvore em memória do seu pai deixaria cortar?

Voltando à Rua do Bom Jesus, com o mal feito, esperemos que prossigam com as Tipuanas, uniformizando a rua com a João de Deus, já que dão mais sombra e no futuro uma maior extensão no ex-libris natalício. Isto chama-se planificar. Assim como está só para bife na pedra!

Quero terminar com isto, porque demoram tanto as obras da CMF? Poupança de trocos? Até posso estar de acordo mas depois de ver o tempo que levaram na Estrada Monumental parece que para esta câmara não há vias essenciais na mobilidade na cidade.