- O outrora dono disto tudo vai lançar um 'relatório de combate', com aquelas memórias pesquisadas no arquivo regional por um escriba que a essa hora devia estar a escrever no extinto Jornal da Madeira. O saudosista 'Expresso' fez-lhe a propaganda e ao livro que a D.Quixote edita. Falta revelar que o maior inimigo da liberdade da expressão na ilha quer lançar o ultraje no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Sabem onde? No Museu da Imprensa. Há lata que não enferruja.
- Os assessores do desgoverno sem vergonha reuniram-se na última quinta-feira, enquanto os chefes decretavam substituições no período de gozo pascal. Mentira? Experimentem ligar nestes dias para as secretarias regionais. Não sei o que aquelas cabeças poderão ter engendrado, se é que dessa arte estão dotados, mas sopraram-nos ter sido adoptada uma tática ingénua: inundar toda a imprensa com coisa positivas e aproveitar as férias de uns para que no regresso dos predilectos aliados a propaganda seja despejada como cinzas na tola dos cristãos novos em tempo de Páscoa. Santa tolice. Eu, provedor e pecador confesso, sem nojo da imundície, estarei atento aos golpes palacianos e pronto para desmontar a cruzada das loiras do 'press release'. Se suspeitar de permissividade que faça publicar encomendas relativas à suposta boa contabilidade ou à normalidade medicamentosa treparei paredes e aqui virei demonstrar os favores descarados.
- No FN, muitos. No JM, vários. No DN, alguns. Na Antena 1, idem. Na RJM, imensos. Na Rádio Calheta, interferências. Na rádio Maia, praia. Em todos estes órgãos apanhei "erros jornalísticos" aos molhos. Em nenhum dos casos a vida dos madeirenses correu perigo. Não poderei dizer o mesmo dos erros de outros profissionais que operam sem terem dormido o suficiente. Atenção que não estou a falar de médicos, mas sim de operadores de diversos tipos de máquinas!
- É vergonhoso o adiamento do MEDIARAM só para que o JM, uma vez privatizado, possa dele beneficiar. Este GR especializou-se em mudar as regras do jogo a meio do campeonato mas convém tomar 'nota benne' que dois ou três espertalhões vão fazer a folha à secretaria das 100 malícias que a todos lixam. Entre múltiplas habilidades, hão-de comparar quantos trabalhadores estavam inscritos como obrigatórios no caderno de encargos e efectivamente quantos Farinha & Sousa & Associados vão dar emprego.
- Fui novamente aos arames quando tomei uns copos e conhecimento que por cá são permitidos bloqueios à transparência, afastando jornalistas da discussão parlamentar de dossiers importantes. O arranque da comissão de inquérito à Escola Hoteleira era pública decorreu à porta fechada. Contam-me que João Pedro Entrudo não quis que a sessão fosse pública. Estranho. Incoerente. Na semana anterior não teve os mesmos cuidados quando chamou a RTP-M para, sobre o mesmo assunto, tecer considerações que parecem estar protegidas pelo bendito segredo justiça. Arrependimento ou reprimenda devem ter levado ao recuo, embora já se saiba quase tudo na praça pública.
- Li no camoniano DN que os plenários em directo na ALM são um fiasco. Presumo que aqueles debates televisivos que metem deputados ao barulho e outras conversas políticas à volta de uma mesa, coisas facílimas de produzir e dificílimas de vender, devem ter audiências semelhantes. Quando este CM tiver canal, queixem-se.
- As viagens de finalistas são para alguns meios, armados em 'snapchat', um manancial noticioso. Nuns casos, uma briga num hotel, contada apenas pelas gentes da unidade lesada, é quanto baste para arranque de mais uma novela. Noutras casas, como começa a ser descarada a propaganda sistemática ao gigante Savoy, enquanto não há mais um andar betonizado, toca a reportar coisas que chegam pelo Facebook das meninas e meninos do Liceu. É vê-lo a dar notícias de bubas, dos engates, das emoções de estar longe da família. Só falta dar a hora em que vão à casa de banho e trocam notas por shots. Ao que isto chegou.
Quem cora ao ouvir uma imprudência, claro é que distingue, e quem distingue duas coisas conhece-as ambas".