Reescrever a história


Jardim está fulo porque a "coisa" continua cada vez mais preta. Os Renovadinhos teimam em se enterrar, o vice que não é alma para salvar coisa alguma (a não ser as namoradas) e porque entre os "velhos" anda tudo de tomatinhos apertados para não pagar a fava do Albuquerque. Com jeito, Jardim decide voltar a reescrever a história, agora com um calhamaço de 1500 páginas onde Cafôfo, na altura com 22 anos e com uma cabeleira do tamanho da Conchita Wurst, será o responsável do caso Frederico que escapou à justiça. A foto da capa já está escolhida.

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A cruzada do PSD-M para criar factos e distracções está tão forçada ao ponto de poucos acreditarem, sobretudo porque é projectada por maus actores, como Carlos Rodrigues, ou num formato denunciado como o de Albuquerque. Há muita falta de jeito e toneladas de convencimento.

O PSD-M voltou ao registo de mau resultado nas Autárquicas onde criou um slogan de efeito contrário, "a culpa é do Cafôfo", já com versão  "a culpa é do Costa" a circular. O problema do PSD-M é ter feito em doses cavalares os erros e abusos que acusa nos outros. É um culpado sem "mérito" e de escassa idoneidade para criar ondas que levem os eleitores a serem condescendentes. Isto só acontece quando o governo apresenta algum trabalho, agora e de preferência para além da obra em betão. Albuquerque, por exemplo, quando diz que os poderes do Estado estão a ser usados contra a Madeira só lembra como o PSD-M confundiu e confunde Partido com Governo, como é eleito pelo povo mas governa para lobbies, como faz do Governo uma agência de emprego e não de valências e "mérito". Albuquerque esquece como a política de Saúde deste governo está a ser usada contra a Madeira em favor de privados, entre outras concessões aos patrões do sistema neste mandato.

A Madeira está a enfrentar grandes problemas e não vemos o Governo Regional capaz dos encarar com verdade e a marcar pontos. Sem rumo, o PSD-M dedica-se só à politiquice porque não pode fazer outra coisa para recuperar o tempo perdido no calendário eleitoral. A derrapagem nas contas e o endividamento, a Saúde, a Educação, a queda do turismo, o perigoso limiar da demografia, o contencioso das autonomias, etc, estão a agudizar o ambiente, o povo está a perceber e quanto mais o Governo Regional inventa distracções mais medo e descrédito induz na população.

Albuquerque nem consegue identificar os seus adversários, atacar Costa é igual ao litro para este com outros assuntos sérios para se entreter. A Madeira, mesmo com Autonomia (outra discussão porque com a falência entregaram-na), não passa de um caso similar, em dimensão, a algumas câmaras maiores do continente nos desafios e habitantes. Albuquerque meteu uma cassete onde diz que está a cumprir o programa eleitoral, alguém o viu em 2015? Ou melhor, que fez ele para dizer isto? Estes gritos ouvem-se só aqui e mais ninguém liga, até os madeirenses. Quem anda com delírios é o Albuquerque, alucinações, o seu governo é incompetente e não está sequer a marcar o ponto em muitos casos urgentes. Os titulares dos cargos não dominam e vamos sofrer as consequências de novo. Nisto até pode disfarçar porque os maus resultados vão cair no mandato seguinte.
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