Os madeirenses gostam ou gostavam do seu aeroporto, quantos faziam o "anda comigo ver os aviões" bebiam algo e desfrutavam do ambiente. Muitos sonhavam ir e não tinham posses, era o vá para fora cá dentro dos pobres, antes do subsídio de mobilidade tornar as tarifas mais caras à cabeça.
Depois do PSD-M falir a Região e ter que entregar os dotes da ANAM à Vinci tudo perdeu romantismo, os velhos hábitos passaram a adereço de museu para dar lugar à folia comercial. Desde logo, só estacionar, já deixa o rabo a arder para visitantes, apoio aos passageiros, profissionais do turismo ou funcionários do aeroporto, o que implica mais a despesa do Halibut para a assadura mas, isso de rabo a arder deixo para o Lúcifer.
Apesar de ter um governo de cabeça no ar, Albuquerque parece que foi mau agoiro para o aeroporto, desde logo mudou o nome para Cristiano Ronaldo e isso embraveceu São Pedro porque ninguém lhe toca na sua Santa Catarina. Entre raios e coriscos, preferiu amaldiçoar com vento, de tal forma que o diacho do aeroporto parece que se tornou um centro avícola porque as únicas coisas que aterram dos céus, nalguns dias, são de carne e penas. Só a arma do Albuquerque, perdoem-me, da Vinci, ex-arma de Jardim que foi privatizada, é que impede que aterrem mais, é pum pum todo dia. O único "stop the pigeon" que deu certo foi, ao fim de duas tentativas, o cargueiro, bem menos que o Dick Dastarly que levou a vida toda, acabou a série e nunca apanhou com a pomba, ou era pombo? Ora, se Albuquerque, Vinci ou Jardim foram donos da arma para apanhar a pomba então todos encarnaram a figura desastrada de Dick Dastardly. Tal como nos filmes do Bond uns mais galãs que outros.
E a propósito de pum, conhecem o problema do peidinho da bisnaga? Eu explico, é quando se aperta a bisnaga com cuidado para sair a quantidade certa e aparece uma sa.... de uma bolha de ar que "amanda" com um bocado de pomada pelo ar. É tipo parecer que está tudo "controlado" mas ou sai uma bojarda ou borra a cueca, quando não arde a cidade toda. Assim são as ideias de Albuquerque, vão mais além da asneira esperada, quando aperta a bisnaga sai sempre uma bolha e aqui sim podemos dizer que contribui para o tráfego aéreo.
O caso do busto é emblemático, tanto que todo mundo conhece e quer tirar uma selfy para gozar com a Madeira. Reparem que ele só queria um busto do "Ronalde" no aeroporto depois de forrar a ilha toda com o peste mas, honra lhe seja feita, ultrapassou a notoriedade do aeroporto com os filmes de aterragens difíceis, para uma monumental risada mundial por causa do busto. Agora sim o aeroporto estava no mapa mas de novo sem aviões que passam aqui ao lado e de bicha para as Canárias. Até a TAP ajuda na romaria com preços mais baratos para mais longe e sem mobilidade. Por isso se premeia a companhia aérea meia nacional com o autocarro eventual do Natal e da Páscoa.
A Vinci, levada por este espírito dos gloriosos malucos da máquina governativa, não fica atrás e monta aqueles vidros na varanda do aeroporto que ainda ninguém percebeu se é para impedir o som, de jogarmos algo por cima ou se são lentes para o longe. Como seguem o exemplo do Albuquerque, força na asneira, ainda aparecem uns limpadores de pára-brisas de se meter a moedinha para accionar o mecanismo quando em dia de céu aberto a visibilidade é zero.
No último Natal também foi fantástico no nosso aeroporto, quando cheguei ainda pensei, porra, saltei na paragem errada, parecia muçulmano, até que vi um conhecido e perguntei: - então também fora da Madeira. Olha-me com ar estranho e disse-me: apanhaste-me, sempre foste um brincalhão. Estava na Madeira!
O plano de contingência da inoperacionalidade segue a planificação adiada do ferry mas chegaremos ao fim do mandato com tudo "comprido", estatelado ao comprido, na velha máxima da Renovação do peidinho da bisnaga que passa sempre. O Cafôfo é um gajo porreiro e convida os governantes anteriores pela sua participação na infraestruturação do mandato seguinte. Se não tiver que desmanchar tudo para fazer de novo. Rezemos para que não venham mais peidinhos da bisnaga.