Link da notícia online do JM |
Choravam os indefetíveis dos ralis, o dito desporto rei dos madeirenses e/ou a modalidade que, segundo o mito, 99% dos madeirenses nascem a gostar, de que o Rali Vinho Madeira andava pelas ruas da amargura e não contava para nada de jeito a nível europeu.
Culpa do ferry que não há e do dinheiro que não há para contratar um barco especificamente para trazer os carrinhos para a Madeira. Concluem esses indefetíveis.
Choravam estes indefetíveis em público e os dirigentes do rali Vinho Madeira ciciavam em surdina, à boca fechada, zangados com o governo, porque o dinheiro ia agora para umas séries extremas de vela que traziam à Madeira uns tais de fórmula 1 dos mares para provas numa baía onde raramente havia vento com fartura e onde o número de regatas previstas nunca era cumprido. Barquinhos caros que nos intervalos das regatas serviam para umas voltinhas com os filhos dos governantes e dos empresários do regime fazendo saltar borda fora os jornalistas.
Há circunstâncias que se fundam nas coincidências. Que isto de coincidências às vezes não passa de um ai Jesus. Um presidente da associação que rege os destinos da vela regional que é irmão do secretário regional do turismo e economia. Um evento de vela que é apoiado principescamente pelo governo por via do turismo. Circunstâncias do cara…ças, dizia o povo, sobretudo quando para o essencial não existe um ferry que acuda à economia, à mobilidade, à Madeira e aos madeirenses, continentais e estrangeiros, disponível para fazer uma perninha no rali numa data do calendário anual de viagens.
E a verdade é que estas séries extremas de vela davam um rude golpe no orçamento regional ao canalizar uma quantia imensa de dinheiro para um segmento desportivo residual e elitista e de retorno discutível.
Além disso como podia o governo regional apoiar uma classe específica da vela que não é praticada na Madeira, logo sem retorno em termos de promoção e formação da modalidade, critério que outrora, nos tempos do glorioso IDRAM, era fundamental no apoio aos eventos desportivos internacionais que ocorressem na região.
E eis que o presidente da associação promotora do evento, irmão do secretário da tutela da componente turística do evento, vem agora a terreiro, chorando baba e ranho, perorar contra a decisão do atual governo, que atirou borda fora o irmão secretário e ter cortado os apoios ao evento. A notícia está no JM (link)
Quando a renovação do governo da renovação alcandorou ao olimpo dos queques que nos governam um vice-presidente indefetível dos ralis logo veio à baila o apoio para o Rali Vinho Madeira. O próprio presidente da comissão organizadora do dito cujo expressou publicamente a esperança de que as fontes voltassem a jorrar euros e não escondeu os seus anseios que com um indefetível dos ralis no governo a coisa seria melhor ou seja um ferry para trazer as gloriosas máquinas roncantes e muito dinheiro para o evento estar outra vez na órbita europeia e no regaço da Eurosport.
Entre um apoio jesuíta para um “eventozinho” muito caro e um “eventozão” não tão caro para a quantidade de povo que arrasta e pelo contributo para a economia local mais vale um apoio robusto de um indefetível que se mantém por enquanto calado.
E o novo governante é de tal modo indefetível dos ralis que mesmo sendo o todo-poderoso secretário de tudo e mais alguma coisa não se demitiu, que se saiba publicamente, das suas funções de diretor da federação que tutela o desporto automóvel em Portugal e de presidente do clube, embora com o nome de associação, que na Madeira organiza provas de ralis. E isto quer dizer muita coisa. Ah, e é o homem que tem o dossiê da ligação ferry ao continente na sua tutela. E por este andar, com mais adiamento ou menos adiamento, o ferry só estará cá lá para o verão. Exatamente quando se realiza o rali.
Mas por agora é tempo de o mano associativo, e sócio empresarial do mano ex-secretário e agora deputado, chorar pela não vinda dos fórmula 1 dos mares. E quanto a nós, vamo-nos rindo ora devagarinho que não há vento na baía mas demais mais no aeroporto, ora mais depressa tipo a bordo do veloz barquinho que já não vem, pelo menos com o dinheiro de todos nós.
Quanto ao futuro… vrrruuuuum… vrrruuuuum… e tangas do ex-secretário, como na prática foi uma nulidade com muita soberba, sobra-lhe agora tempo para os lirismos da teoria:
Culpa do ferry que não há e do dinheiro que não há para contratar um barco especificamente para trazer os carrinhos para a Madeira. Concluem esses indefetíveis.
Choravam estes indefetíveis em público e os dirigentes do rali Vinho Madeira ciciavam em surdina, à boca fechada, zangados com o governo, porque o dinheiro ia agora para umas séries extremas de vela que traziam à Madeira uns tais de fórmula 1 dos mares para provas numa baía onde raramente havia vento com fartura e onde o número de regatas previstas nunca era cumprido. Barquinhos caros que nos intervalos das regatas serviam para umas voltinhas com os filhos dos governantes e dos empresários do regime fazendo saltar borda fora os jornalistas.
Há circunstâncias que se fundam nas coincidências. Que isto de coincidências às vezes não passa de um ai Jesus. Um presidente da associação que rege os destinos da vela regional que é irmão do secretário regional do turismo e economia. Um evento de vela que é apoiado principescamente pelo governo por via do turismo. Circunstâncias do cara…ças, dizia o povo, sobretudo quando para o essencial não existe um ferry que acuda à economia, à mobilidade, à Madeira e aos madeirenses, continentais e estrangeiros, disponível para fazer uma perninha no rali numa data do calendário anual de viagens.
E a verdade é que estas séries extremas de vela davam um rude golpe no orçamento regional ao canalizar uma quantia imensa de dinheiro para um segmento desportivo residual e elitista e de retorno discutível.
Além disso como podia o governo regional apoiar uma classe específica da vela que não é praticada na Madeira, logo sem retorno em termos de promoção e formação da modalidade, critério que outrora, nos tempos do glorioso IDRAM, era fundamental no apoio aos eventos desportivos internacionais que ocorressem na região.
E eis que o presidente da associação promotora do evento, irmão do secretário da tutela da componente turística do evento, vem agora a terreiro, chorando baba e ranho, perorar contra a decisão do atual governo, que atirou borda fora o irmão secretário e ter cortado os apoios ao evento. A notícia está no JM (link)
Rally Vinho Madeira 2008 Foto: madeiraminhavida.blogspot.pt |
Entre um apoio jesuíta para um “eventozinho” muito caro e um “eventozão” não tão caro para a quantidade de povo que arrasta e pelo contributo para a economia local mais vale um apoio robusto de um indefetível que se mantém por enquanto calado.
E o novo governante é de tal modo indefetível dos ralis que mesmo sendo o todo-poderoso secretário de tudo e mais alguma coisa não se demitiu, que se saiba publicamente, das suas funções de diretor da federação que tutela o desporto automóvel em Portugal e de presidente do clube, embora com o nome de associação, que na Madeira organiza provas de ralis. E isto quer dizer muita coisa. Ah, e é o homem que tem o dossiê da ligação ferry ao continente na sua tutela. E por este andar, com mais adiamento ou menos adiamento, o ferry só estará cá lá para o verão. Exatamente quando se realiza o rali.
Mas por agora é tempo de o mano associativo, e sócio empresarial do mano ex-secretário e agora deputado, chorar pela não vinda dos fórmula 1 dos mares. E quanto a nós, vamo-nos rindo ora devagarinho que não há vento na baía mas demais mais no aeroporto, ora mais depressa tipo a bordo do veloz barquinho que já não vem, pelo menos com o dinheiro de todos nós.
Quanto ao futuro… vrrruuuuum… vrrruuuuum… e tangas do ex-secretário, como na prática foi uma nulidade com muita soberba, sobra-lhe agora tempo para os lirismos da teoria:
Recorte da edição impressa do Diário de Notícias 13-02-2018 página 26 |