Na tribuna VIP, localizada na Praça da Autonomia, logo no início do cortejo para os VIP se despacharem cedo mal os grupos passassem todos, cabia toda a gente. Ex e atuais governantes, ex-amigos e ex-amigas de ex e atuais governantes, etc., etc. e tal e sobretudo muitos familiares de gente fina.
Nota-se que há na sociedade madeirense figurões cuja profissão parece ser a de “aparecedor”. Aquele que aparece em tudo quanto é evento, acontecimento e festa. Há sempre maneira de arranjarem um convitezinho para as tribunas VIP. Independentemente das versões políticas, há famílias transversais ao sistema sempre montadas.
Outro estatuto que está a dar é ser irmão ou irmã de governante. Tal dá direito a passagem direta para as tribunas VIP e logo nas filas da frente. Exemplo flagrante desta espécie de protocolo do amiguismo e familiarismo é o facto de que ser presidente da Vela Regional dá estatuto VIP nos eventos da SRETC. Tal deriva do facto do mesmo dito cujo irmão ter contribuído para o desenvolvimento da economia regional com um evento da “fórmula um dos mares” e que deixou milhares e milhares de euros na região tal a afluência de centenas e centenas de participantes e milhares e milhares de forasteiros para assistir ao evento. É verdade, não é? Deixou mesmo muito dinheiro na Região, não foi? Evento que, como se sabe, foi pago pela própria SRTEC. Senão ajudamos a família quem é que vai ajudar? Quanto mais não seja com um bilhetinho para bancada VIP.
E já agora porque é que não se vê ninguém da CMF na tribuna VIP? O presidente da edilidade funchalense não deveria estar ali? Não foi convidado? E se foi porque não se senta ali? Certamente, a ser convidado, preferirá ver o cortejo junto do povo. E os restantes edis desta Região porque não são vistos ali? Ao menos para a Tribuna B da SRETC, já que até em termos de VIP isto parece que há uma equipa A e uma equipa B. E será que, mantendo o jargão futebolístico, a equipa B não poderá ganhar o campeonato? Isto é os figurões que ali se sentam jamais ascenderão ao Olimpo da governação? (Sim, manteremos a discrição e não falaremos dos figurõezinhos que se sentaram na tribuna B). Não se ouviu ninguém da nomenclatura irritado por estas coisas de convites na versão G.R. Chama-me antes que te chame.
E a Papuça d'Arrebol, sabe quem é esta gaja? É uma rapariga que viveu comigo, tenho dois filhos dela. Quem lhe chamava Papuça d'Arrebol era o Cesariny para gozar comigo. No outro dia perguntei ao meu filho: sabes quem é a Papuça de Arrebol? É a tua mãe! Ficou assim um bocado baralhado."