O Intelectual


É hoje que sou despedido do Correio da Madeira, mas como já não recebo há mais de 4 meses da tal empresa de marketing do PS, tanto se me dá como se me deu!

Que fique esclarecido que o vendido do Diretor do CM não quer que eu escreva sobre o Nuno Morna porque é um gajo porreiro! Um gajo porreiro? Desde quando é que um político é um gajo porreiro?

A responsabilidade do que aí vem é toda minha, e como estamos esclarecidos, aqui vai.

Que me perdoe a sua mãe - da qual fui aluno - mas irrita-me os artigos de opinião do Nuno Morna no Diário. E porquê? Porque parecem os artigos lamechas cheios de assuntos desconexos do “Quando, Como e Porquê” do José Manuel Rodrigues. Haja paciência para ler até ao fim!

E o que mais me irrita nas suas dissertações é o facto de ele ouvir um disco e ler um livro por semana que não interessam a ninguém, mas que lhe dá um ar neo intelectual! Por amor de Deus, eu também leio um folheto do Pingo Doce por semana e não preciso de me exibir! Só digo à primeira bilhardeira do sítio a melhor promoção e sei que resultou porque a prateleira à noite está vazia.

E voltando ao assunto dos livros.

Um livro por semana, dá 52 livros por ano, e se cada livro tem em média 65 mil palavras, dá um total de 3380 palavras, ou seja, 16900 caracteres que multiplicados por 50 anos de vida intelectual dá 845000 caracteres, que trocado em bytes, dá sensivelmente 845KBytes, e que adicionados aos imensos 2.6GBytes de música MP3 de uma vida cabe folgado num cérebro de uma lagartixa(*). Portanto, caro Nuno, ler livros ou ouvir música não é sinónimo de intelectualidade, ou de coisa nenhuma.

E como já bati, forte e feio, no cérebro frágil do Nuno Morna, vamos então à parte boa.

Gostei do último artigo do Nuno no Diário. Finalmente algo digno de um opinion maker, (com a exceção do livro e da música). Desta vez foi coerente e conciso, o que revela alguma maturidade politica. Parabéns!

E com tudo isto, o Nuno e o seu Partido Liberal, que espero que esteja livre, já têm o meu voto em 2019, nem que seja para ver uma voz rebelde numa Assembleia Regional de broncos que se prevê sem maiorias, e na qual um deputado, se estiver em saldos, pode ficar rico.

Um abraço Nuno!
O meu espírito crítico é grosso, só apanha as coisas de enorme relevo."
Eça de Queirós
(*) Calcula-se que o cérebro humano tenha capacidade para 1000 TBytes, isto é, 1 milhão de Gigabytes.