ETP prevarica, as autoridades deixam.


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Os monopólios são como as ditaduras, pervertem o jogo para se manterem nas condições que querem e subjugam todos os outros, é sem dúvida o que se está a passar no Caniçal.

A família Pedra, através da ETP, há muito que anda nos tribunais para ir protelando decisões que deve tomar para respeitar os seus funcionários. A mim faz impressão ver o que a senhora Cristina Pedra diz na ACIF com o que faz na ETP em conluio com seu pai. Uma espertalhona, o PSD-M tem culpa nisto e aquele anormal do Paulo Cafôfo ainda cai na esparrela. Na democracia não vai haver manobras, cai o voto e acabou-se e é por isso que venho aqui elucidar as pessoas de algumas situações.

Faz impressão que o empresariado da Madeira se deixe ficar manipulado pela senhora na ACIF, com a extensão ad aeternum dos seus mandatos de forma pouco clara e decente, é um embuste em prol de monopólios de forma camuflada, eixo que controla tudo. Mais uma vez e na ACIF se as regras obstaculizam os monopólios muda-se a lei e as regras.

No Porto do Caniçal, depois do funcionário não qualificado que perdeu os dedos (fazia trabalho a desenrascar os patrões sendo das oficinas e não das gruas) e da rusga com três entidades (a Polícia Marítima, a Autoridade Portuária e a Inspecção Regional de Trabalho) para o cumprimento da lei no primeiro dia de greve dá-se o insólito. A ETP vai dar formação ao pessoal lambe-botas das oficinas, os tais eventuais, que fazem os trabalhos do pessoal das máquinas de elevação, ou seja, a ETP fica completamente desmascarada de que tem culpa nos casos em que as pessoas se magoam porque são colocadas a trabalhar em substituição dos ora grevistas mas estão sem formação adequada.

Mostra que a APRAM não liga nenhuma enquanto autoridade gestora que supervisiona os portos, está em total subjugação ao monopólio. Mostra a má vontade em fazer cumprir a lei. A ETP encontra de novo nos já tristes lambe-botas (que têm seu emprego e que fazem as "perninhas") a única solução para manter como quer os trabalhos portuários através dos "presos" para salvar o seu ganha pão por um precedente que abriram e que têm tudo menos a consideração do patrão. Permitem uma solução para o Pedra voltar a arranjar um esquema para não cumprir a lei e tirar a importância aos seus reais empregados que fazem a elevação no porto. Os eventuais (lambe-cus) passam a ter dois empregos no mesmo sítio, nas oficinas e na elevação, depois não se queixem se fizerem 18 horas diárias, completa loucura, sem condições nos dois empregos.

Alguém, com esta prova tão cabal, vai actuar nas autoridades? Gente sem formação, obrigada pelo patrão e que se magoa vão ser tão joguete contra os que estão a lutar há anos pela dignificação do seu trabalho, vencimento e condições ? Portanto, tudo vai continuar na mesma para um lucro cego com outros que se sujeitam? Até quando?

Isto não é uma actividade económica, isto é a política aplicada no monopólio, colocam trabalhadores contra trabalhadores para reinar. A pergunta que fica é "e quando os lambe-cus se fartarem"? Vão buscar outros para nunca cumprir a lei? Pessoal dos portos acordem! É assim que os lambe-cus já trabalham das 7 às 17 horas sem formação nem lucidez para gerar erros e acidentes. Quem perde os dedos não é o Pedra.

Hoje troco a minha caricatura por outra, a do obreiro do porto que temos, uma vergonha, e mais uma vez ... "já chegamos à Madeira!"