Hoje os madeirenses poderão assistir a um eclipse da Lua que será o mais prolongado deste século, aproveite para vivê-lo ao vivo. Será notado sensivelmente a partir das 21:00 e atingirá vinte minutos depois a plenitude. Não espere tudo preto.
Este fenómeno parece uma analogia com a política madeirense. Os resultados do estudo de opinião do Diário de Notícias de hoje indicam que os madeirenses estão a apresentar um cartão vermelho e consequentemente a política regional e seus actores estão em eclipse.
Albuquerque mergulha, Cafôfo não emerge. O primeiro que continue a mentir e a arranjar esquemas para justificar a sua governação miserável dedicada aos lobbies e que, só agora, trabalha cinicamente para o povo enchendo-o de graças, gracinhas e mentiras, é hora de lhes "roubar" o voto gozando da inteligência. Albuquerque é uma fraude. A última oportunidade do PSD-M foi em 2015 e não vai ser agora que num golpe de teatro vai enganar toda gente de novo. Isto é por avaliação continua e toda gente vê o que é Albuquerque. O tipo não quis unir o partido mas tão só construir uma Renovação de idiotas que depois, pensava ele, ia cavalgar na popularidade construindo um novo PSD sem uma máquina de campanha e sabedoria. Ele estava à espera da bicha do leite para se filiarem no PSD? E lá aparece aquele inarrável Rui Abreu para dizer que o PSD não está tão mal quanto diziam, deve ser gozo, está pela metade de outros tempos! Nivelou na mediocridade. Vê-se na assembleia onde o PSD é inferior porque desceu abismalmente para a idiotice com péssimos deputados. Do Governo nem falo. Acaso esse génio político não vê que entalou o que repetidamente disse? Então o PSD estava sempre pujante e agora cai que nem patinho que ufa, o PSD não está tão mal quanto se pensava. Ai a colisão entre o falso discurso e a realidade.
Por seu lado, Cafôfo acha que só se metendo com os lobbies é que pode ganhar, insultando o povo eleitor que é quem deposita o voto. O povo está farto de pagar e não ter retorno nos impostos, está farto de ver "mamar" e de só ter caridade, bugigangas e conversas da treta. O povo está farto de maus políticos, de muito circo que esconde a fragilidade para governar. O povo não perdoa que tenha escolhido os mesmos que fazem as derrotas do PSD para se encher de conhecimentos. Outro inarrável idiota, não dá para perceber que foi buscar lobbies, gente que trabalha para os seus grupos e não tem vocação para trabalhar para o povo. Cafôfo quer me fazer acreditar que os emissários do Sousa vão arruinar-lhe o império para dar ao povo? Ó homem cresça e apareça! Paulo Cafôfo demonstra que isso da abertura à sociedade civil é de novo o mesmo esquema de Albuquerque para levar o voto e depois dar com os pés para instalar os mesmos. Que raio de mentalidade é esta que não lê e respeita o povo. O eleitor é o que menos conta? Olhe comece por despachar o Iglésias esse leitor cubano da realidade regional. Se fizer marcha atrás e abrir-se à sociedade civil e ao know-how dos enjeitados do PSD com valor, trariam conhecimento governativo mas sobretudo proximidade com o eleitor, esse que não se vê nem nota, não aparece, é abstenção. Que raio de candidatura é esta que não sabe somar votos? Acabe com o Sousa, a Pedra, o Sérgio e toda essa máfia que lhe eclipsa a imagem. Que mal jogado. Outro embevecido que não ouve. Não queremos mais Albuquerques nem Renovação e muito menos sucedâneos. Para repetir a dose a malta vota no PSD ... ó Cafôfo!
Os partidos pequenos não estão melhor, só têm a sorte do momento dispersar tanto os votos e serem necessários para formar governo. Parecem o Sérgio Marques no PSD-M, pequenino e sem votos chegou a quase vice e depois eclipsou-se sem sustentabilidade e muitas asneiras. Se pequenos é que não convencem a maioria mas têm acesso ao prémio da lotaria com o adicionar dos seus votos para um Governo. Mas, com aquelas cabecinhas, são excêntricos que vão espatifar o capital político na primeira curva. O CDS prossegue em confusões, voltam os mesmos noutra fórmula, não refrescou, não mudou, sempre os mesmos empregados da política, ora dás tu a cara, ora dou eu. Parecem o Putin e seu Primeiro-Ministro que vão revezando mas nunca saindo do poder.
A JPP não cresce, até desce!? Sintoma de que são partido com mentalidade de freguesia. Com tanto para crescer e até tendo uma imagem activa no panorama político, o resultado é medíocre e mau indicador. A JPP não pode ser um partido onde os seus fundadores têm medo de crescer, quem joga para o empate perde. Se não estiverem organizados enquanto partido e se as adesões sentirem que jogam para o núcleo nunca crescerão. A JPP não está aberta à sociedade civil tal como os outros, jogam para si, isto não é política e não é estar ao serviço do povo, estão a tratar da sua vida.
O Partido Comunista é aquela coisa, não sai dali, vive também para o núcleo e enquanto as regras da natureza não limparem os votantes nada muda. Estão todos satisfeitos com a evolução na continuidade. "Pode seguiro".
O Bloco de Esquerda é uma desilusão, a nova liderança não arranca. Anda ali na babujinha do medo e a ver onde param as modas. Nem limpa os seus problemas nem renova o discurso. Anda ali ao sabor do vento e da actualidade regional, não tem nem ideias fracturantes ao estilo do BE para fazer a política balançar, acordar. Diria até que são uns radicais dóceis que não ganharam o respeito. Sem coragem o BE não vai crescer. Não saõ diferente dos outros como gostam de se intitular.
O PND já se sabia que ia à vida mas os sintomas de que o PTP vai dar guarida a dissidentes e órfãos pode mudar alguma coisa mas, atenção, vão receber mais do mesmo e o povo quer mudanças. O povo está farto, quer nova política.
Um bom líder com 30 bons seguidores limpavam com uma vitória esta mediocridade instalada. Basta sinceridade, convicção e ideias para comunicar bem. O povo sente quando alguém fala verdade e está entusiasmado.
Nada há de mais ruidoso - e que mais vivamente se saracoteie com um brilho de lantejoulas - do que a política."
Eça de Queirós
Nota: desculpem alguma falha, escrito numa pausa para café no trabalho, não queria vos privar desta leitura no momento certo.