Sem querer bater no ceguinho, é cada vez mais evidente a fragilidade que a Renovação trouxe ao PSD Madeira. Miguel Albuquerque, ao concretizar um corte radical com o cansaço político sobre governações autoritárias, deu aos eleitores caras novas que num primeiro tempo, enquanto descoberta (achamento) e novidade, funcionou mas que depois foi dando provas de incompetência. Trouxe à ribalta política gente completamente inexperiente para as tarefas da política, da governação e do parlamentarismo.
Para mais azar, os mais presumidos que lideram as áreas são péssimos exemplos de fazer política, é o caso da Assembleia Legislativa Regional com Jaime Filipe Ramos e Carlos Rodrigues, é agora com Pedro Calado e os novos secretários que empobreceram ainda mais a governação, é com a gestão interna do PSD-M com o seu secretário geral Rui Abreu que, passou de bestial enquanto surfava a onda de gente farta de Jardim mas que agora é besta sem esse efeito. Com uma governação fraca que contagia o ambiente, Rui Abreu ainda adiciona a péssimas escolhas de candidatos que rotundam em erros políticos e trazem as respectivas derrotas eleitorais.
Por opção própria, a Renovação partiu o PSD-M, deitou fora a experiência que com uma travessia do deserto seria recuperável mas, também deitou fora a parte mais nova da máquina oleada, desses que sabem falar e lidar com o povo e que são povo, que sabem o que é a vida porque também a vivem com agruras. A Renovação trouxe à Madeira a proliferação de figurinhas que embevecidas com o palco têm uma atitude de insolência e egoísmo. Trazem ainda muito medo que tudo contamina à sua passagem porque não dominam os ambientes e os cargos. O problema é que os mentores da Renovação ensinaram, para vencer, do pior que há em política, não são leais e estão sempre na trapaça para vencer. Miguel Albuquerque com a fraqueza da governação e do seu mandato no PSD-M vai beber do fel que promoveu. Estas bestinhas que aí andam não têm disciplina partidária, só pensam em si e galgar a todo custo.
Emergiu uma geração de novatos vindos de famílias acostumadas ao poder que pouco sabem da vida real. É assim que se gera um fosso entre eles e nós povo. Por um lado vive-se o surrealismo de ser importante, alucinados por exercer o poder torpe para que os outros executem, normalmente funcionários públicos e militantes do PSD-M, a abanar a cabeça de incredulidade e negação. Há funcionários públicos a executar asneiras sabendo que as estão a fazer porque cumprem ordens. Por outro lado está a vida real. É desta situação que se geram os casos de análises absurdas da realidade regional, se fazem projectos sem consulta aos que sabem e vão usar, que se gere uma política afastada da realidade. Podemos dizer que o "quequismo" comanda a região.