Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 31 de Março de 2018 19:35
Autor: anónimo
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Todos nos lembramos daqueles discursos enigmáticos de Mário Nogueira e Arménio Carlos,de punho cerrado e olhar frio sobre uma multidão em êxtase de professores descontentes. Todos nós sabemos os problemas que os docentes passam ao nível de colocação e a dificuldade que é lidar com crianças ou adolescentes (e com os pais) dia após dia.
Todos nós sabemos que há muitos professores que se esforçam (na maioria das vezes sem reconhecimento) e fazem tudo o que está ao seu alcance para ensinar, não apenas o plano curricular, mas valores e princípios que moldam a nossa vivência em sociedade.
O que nem todos sabemos é que esta é uma realidade muito ténue na imensidão de professores que existem no nosso país e na nossa região. Por muito que me custe dizer, temo que haja muitos docentes que convivem com as nossas crianças diariamente, que trabalham pouco, esforçam-se pouco e recebem acima da média para um funcionário público.
Sim, os professores têm reuniões e atendimento aos pais, mas em contrapartida, além do fim de semana, folgam um dia. Sim, os professores têm planos para cumprir, mas há muitos que o cumprem mal ou nem sequer o cumprem.
Esta é uma realidade, quer se gosta quer não! A verdade é que os mecanismos da avaliação desta carreira são insuficientes. Hoje, o professor faz o que quer e raramente sofre consequências! Esta tendência corporativista dos docentes apenas serve para encobrir uma realidade que quem convive diariamente conhece muito bem.
Para além disto, professores de biologia, matemática, física e português ganham fortunas com explicações. Há professores do Liceu e da Francisco Franco nessas ruelas do Funchal a ganhar mais de 15 mil euros por mês com explicações, livre de impostos! Onde estão as autoridades competentes para fiscalizar estas atividades? Se for uma barraca de venda de cerveja são logo responsabilizados criminalmente, mas se for um tal professor de biologia na 31 de Janeiro que tem mais 30 alunos está tudo bem.
Como pode um professor que dá explicações desde as 18 às 22, acordar no dia seguinte as 7 para dar aulas a partir das 8??? Como é que a Secretaria de Educação acha isto concebível? O Sindicato dos Professores da Madeira acha isto normal, …ou vai convocar greve?
Se for para ser explorado assim, também quero Dr. Mário Nogueira!