Kamikazes do Atlântico


Eu queria bater no Cafôfo, não debita um raio de coisa útil, esse é que deveria ter o sobrenome Calado mas, depois aparece esse Presidente de prateleira que só diz coisas inúteis armado em gigantopithecus maquilhado com conversas fiadas e até nos dá selfies, ridículas, para parecer um bom homem de família, um presidente afável, um coitadinho de se embalar nas eleições quando apenas é um Mico Leão que cabe na mão e apetece fechar e apertar de tão irritante e barulhento se torna. Pulula cagando tudo.

Penso que se convenceram da saída airosa das culpas à comunicação nas Autárquicas, o resultado é um grupelho de incompetentes insolentes sem imagem a produzir verborreia para saciar a angustia.

Hoje pego no Diário de Notícias e este parece a confluência de dois oceanos, quiçá mais Cabo Horn do que de Boa Esperança. Os da casa tratam de facturar a bem da existência do periódico e vão colocando a mensagem cordial, os de fora fazem as despesas da casa, ora pelas Cartas do Leitor ora por Opinião. Deste embate de oceanos só me lembra do vídeo viral do CM, "sabia não". A verdade não está na minoria que se ajeita mas na maioria que sofre e, porque não falam para além do voto, tudo o resto parece que se impõe. Que grande erro, vai cair tudo por terra.

Está visto que quem vai fazer alguma coisa é quem sofre, os outros posicionam-se de forma egoísta a cada momento para usufruir do lado que dá quando precisamos numa grande mudança nisto. Agora é perigoso usar palavras, "mudança" sem a conotação política para moscas da mesma estirpe. A conjuntura só vai parecer boa até às eleições, depois surge a conta dos jantares gratuitos, o lado lunar de toda a maquilhagem das conversas fiadas decoradas com selfies que transformam o inútil responsável por um desastre partidário que se reflecte na Governação.

Estou com o CM, muitos perseguidos ou por perseguir têm medo de dar like mas somos lidos. Percebo a cada dia na rua e na opinião que conta. O que escrevemos arrasa os tolinhos vendidos que nos apodam de fake-news, abrimos os olhos a muitos e depois até nos copiam. Primeiro apodam, depois nem tocam porque por cada tentativa de maquilhar a verdade, com conversa fiada, avança verdade maior e aí reside o medo e o perigo. Contrariar pode se revelar um erro fatal para quem insiste em ter fé no mentir, mentir, mentir, mentir ... kamikazes. Já beberam o saquê? Estão na derradeira missão, atiram-se para o suicídio e para o colapso total.

Muitos oferendam a vida ao "imperador", já na boa vida, perdendo ou ganhando mas, é adorado por desconhecimento. Os verdadeiros kamikazes recebem a oferenda da bandeira sem conteúdo e sem sol nascente. Recebem a katana ou pistola que não sabem usar, ou enfiam-na rachando a cabeça ou acertam tiros nos pés. Recebem a banda para testa com a qual seguram a fraca inteligência política com a particularidade de já vir com uma bola vermelha para apontar a mira. Tomam o saquê para se manterem inebriados da realidade e que comporta recitar o "jisei no ku", sugestiva oração se levada em bom português, a vulgo cassete dos nossos dias e onde o exemplo recente está nas páginas do JM da passada quinta-feira com a marioneta do betão. 

Apesar da veemência da verborreia, estamos no sayonara dos Hayakiris. O Harakiri é um dos mais fascinantes aspectos do código de honra do Samurai. Consiste no dever de se suicidar quando julga ter perdido a sua honra. Significa literalmente "corte estomacal", o mesmo local onde depositamos a nossa paciência. Esse ritual de suicídio é também denominado seppuku, que é uma forma mais elegante de dizer exactamente a mesma coisa, penso que traduzido para o madeirense dava "se pu ku" com essa conversa fiada.

Tudo isto existe, tudo isto é triste mas é tão só um fado, a fatalista versão que ocorre na Madeira mas sem código de honra. FIM.


Nota: que me perdoem os japoneses, que mesmo perdendo deixam a casa limpa, este caso é só para atingir um grupelho dos mais idiotas na face da Terra.