Dia da cidade? E o Mercado, pá?


Há dias assim – que nos fazem pensar. Ontem ao acordar com os rebentamentos do anúncio do início da procissão de São Tiago Menor, pensei sobre a minha cidade.

Pensei no Mercado dos Lavradores e no estado angustiante e decadente de barracas fechadas que só afastam todo e qualquer cidadão daquele espaço.

É verdade que o Mercado é um ponto turístico da cidade. Mas acima de tudo, ele é nosso. Os funchalenses deveriam sentir o ímpeto de visitá-lo e procurar os produtos regionais mais frescos e saborosos a bom preço. Quantos funchalenses continuam com o hábito de passear pelo mercado?

Visitá-lo, hoje, é ter a sensação que o futuro não augura nada de bom.

Dentro de breve veremos o PSD, a actual vereação da Câmara e outros partidos a visitá-lo e a fazer demagogia política com os comerciantes do Mercado e com conferências de imprensa, fingindo um profundo interesse e apresentando soluções que nunca tiveram para aquele espaço. Esquecem-se TODOS de trabalhar em conjunto para arranjarem uma verdadeira solução para as famílias que lá ganham o seu pão. É só vê-los a arranharem-se todos.

O PSD, sem vergonha na cara, esquece-se que foi o então Presidente da Câmara, Miguel Albuquerque, que mandou retirar os comerciantes da Avenida do Mar para colocá-los na ala norte do 1.º piso do Mercado dos Lavradores.

Ninguém ficou satisfeito. Nem os comerciantes recolocados, nem os comerciantes do próprio mercado. Nem mesmo os clientes. A verdade é que esse político popularucho deveria pensar em candidatar-se ao Prémio Nobel da Estupidez. É hábil em lançar ideias e prometer mundos e fundos e depois de se ver servido, ainda classifica quem o ajudou como burros. E como tudo ficou? Numa grande porcaria, pá!

E o que dizer da actual vereação?  Que não tem unhas para tocar guitarra e resolver o problema que herdaram. Porque não basta boa vontade para resolver os problemas. Há que arranjar gente competente. E quem sofre com isto, pá?

Infelizmente, a conjuntura política está a afastar os mais competentes e sérios da resolução dos problemas da nossa terra. Não se augura nada bom para o futuro.

O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais, há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesmo compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que se não sente bem onde está, que tem saudades... sei lá de quê!”