Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 28 de Maio de 2018 13:12
Texto e título do autor. Ilustrações do CM.
Texto:
Na educação madeirense, há quem, de facto, revele alma de escravo e esteja disposto a aceitar tudo o que lhe é imposto a partir do centralismo da Secretaria da Educação e que se submeta aos mandos e desmandos do secretário de nome Jorge e de sobrenome Carvalho/Morna.
As razões para que isso suceda são várias: alguns porque essa é mesmo a sua condição; outros porque lhes impuseram essa conceção e essa imagem de si próprios; outros, ainda, porque lhes parece ser esse o caminho para atingir o seu projeto de poder; e por fim, uns quantos que assim conseguem disfarçar a extraordinária flexibilidade da sua coluna vertebral.
Recuemos à Grécia de Aristóteles.
A escravatura uma praxis normal e aceitável nesta época, mas como a legitimar à luz do conhecimento, o filósofo deixou-nos algumas reflexões para memória futura.
Nestas, Aristóteles assumiu que a escravatura não é um estado natural da alma humana antes pelo contrário, uma vez que todos os homens são naturalmente livres.
Filis cavalga Aristóteles |
Já a escravatura por natureza é mais difícil de explicar e muito mais de justificar, atendendo à liberdade natural que advém da natureza humana. Tenta resolver o paradoxo com algumas explicações mais ou menos tautológicas: “Um ser que, por natureza, não pertence a si mesmo, mas a um outro, mesmo sendo homem é, por natureza, um escravo”. E porque “alguns homens nascem para comandar e outros para serem comandados”, Aristóteles “prova”, desta forma que, não nascendo escravos, há homens que têm “alma de escravos”.
Voltemos à realidade regional e façamos a cronologia dos factos: o Secretário da Educação chega ao poder por ter traído Alberto João Jardim e logo ter sido acolhido entre os acólitos de Miguel Albuquerque, tendo-se tornado um dos radicais da Renovação anti Jardim, com apelos ao voto no CDS nas regionais de 2013.
Jorge Carvalho qual filosofo ateniense incorpora a ideia mais pura da Madeira velha, da colonia, sendo um acérrimo defensor da ideia aristotélica de que alguns homens nascem para comandar (ele próprio) e outros (todos os outros) para serem comandados e assim se foi comportando ao longo do mandato, mas algo lhe despoletou a sua veia narcísica e encetou um plano de castigos para aqueles que minimamente contestavam as suas ações: – Diretores Regionais – condenado e substituído por apparatchiks, vassalos do poder e sedentos de agradar ao chefe, dispondo-se a fazerem as piores das maldades aos seus pares.
– Diretores de Escola – aqueles que ousam pensar pela sua cabeça são perseguidos, difamados e achincalhados para denegrir a sua imagem e permitir que o único importante apareça como génio supremo das artes de educar. Não se inibindo a SRE de incentivar vice-diretores Presidentes de Conselhos Pedagógicos e chefes de serviços a se transformem em Bufos de modo a que a vontade do único importante prevalecer.
– Professores – desvalorizados dependentes e oprimidos, obrigados por este secretário a não terem opinião critica e a mendigarem migalhas que sua excelência se dispõe a dar ou não. Aqueles que outrora foram uma classe digna e orgulhosa estão hoje condenados a serem as ovelhinhas amestradas ao serviço do SRE vigiadas pelos Bufos de serviço e controladas pelo braço armado do SRE a inspeção regional de Educação. Que se cuidem aqueles que invocando a liberdade participaram na manifestação de 19 de maio, nomes, cargos e segredos já começaram a ser descarregados na SRE, pois as toupeiras de serviço não param e todos aqueles que ousam desafiar o poder tenham medo… tenham muito medo.
Grita em 2018 o secretário a plenos pulmões que a “traição” do pensamento próprio deve ser paga com castigos, esquecendo o mesmo que em 2012 “Mas felizmente ainda existe quem exija ser tratado normalmente. Foi o que aconteceu com Jorge Carvalho, que deu a cara publicamente por um modelo desportivo destinado a travar um pouco a loucura de dinheiros públicos gastos no sector, para depois ser sumariamente ridicularizado, assim como o secretário da tutela, por um presidente do governo que não aguentou a pressão do líder do Nacional, Rui Alves.”
Podem querer impor-nos a “escravatura”, mas jamais a aceitaremos: onde estiver um professor livre continuará a brilhar pelo menos uma centelha de Liberdade.
O aparelho está oleado e Jorge Carvalho é o delfim da Madeira velha e é cínico, incompetente e desumano como o eram os senhores de outrora, seguindo a máxima: acusa – persegue – difama – destrói
Cumprimentos,
"Aristóteles"