Ferry: a festa dos sabotadores



Hoje chegou o ferry, aquele navio transexual que agrada a todos os lobbies e governantes bem mandados mas que insatisfaz o povo. O Ferry definitivamente conhece novos episódios para eternizar o seu estigma, o de ser inviável por desejo dos poderosos Donos da Madeira.

O ferry veio como pôde ser, do agrado aos lobbies que têm na mão o instrumento que lhes poderia trazer concorrência aos negócios e na conveniência do PSD-M como instrumento político para dizer que cumpriu.

Nisto da globalização e da continuidade territorial alto e pára o baile, existe mas fica na porta da serventia da ilha. Todos se ambientam à globalização, à austeridade e a crise. Morrem, desesperam, adoecem, desempregam-se, fecham, adaptam-se mas na Madeira, aqueles que provocam o seu isolamento, têm um capitulo à parte através dos favorecimentos. São estes que para manterem os seus negócios ultrapassados (porque largamente protegidos por nunca enfrentarem a concorrência) que sabotam de todas as formas uma folga orçamental nas famílias. Sim, porque os viciados em rendas fixas condenam as famílias a viver pelos mínimos alegrados por muito circo e algum tipo de mecenas. Dar poder de compra não é só dar mais ordenado, é também pagar menos. Viabilizar não disponibilizar soluções mas sim serem sustentáveis através de quadro legal livre e um preçário justo.

O ferry não é um capricho, é um excelente transporte para a economia, para trazer a independência dos agentes económicos perante a emboscada e voracidade do Sousa que vai somando serviços na escalada de preços, sacando assim dinheiro ao governo, onerando e inviabilizando novos negócios e eventos. Tem piada que nem o poderoso Rally Vinho Madeira se tem força suficiente para fazer um brilharete à vontade para o Governo Regional.

Podíamos ter uma nova era onde o capital dos que fogem da Venezuela podia imprimir outro caminho à economia regional que não gelatarias, padarias, snack-bares, restaurantes, etc, dos quais já não temos povo para tantos. Poderíamos estar a explorar novas áreas que só um ferry, para todos os meses e por longos anos, poderia permitir a coragem de avançar em negócios inovadores, esses sim mais seguros do que multiplicar o que já existe e que só repartem a mesma clientela. O ferry poderia ser exportação com 24 horas de caminho para avançar pelo continente europeu, mais rápido do que um camião se houvesse ponte.

O ferry já partiu, na breve escala estiveram a bordo mais entidades políticas e lobistas interessadas em sabotar do que passageiros. Foi uma festa a contento da "maioria" que decide. Algo significa e não é desinteresse da Madeira. Ao género do primeiro charter dos estudantes, o ferry veio tarde para o Verão promovido pelos desaires concursais de Governo Regional desacreditado e na aflição do monopolista para arranjar uma solução que determine a sua "vitória". Porque o dinheiro público parece ser de ninguém, não se publicita decentemente o serviço nos destinos, o "explorador" até dinheiro recebe para dar mau nome e imagem ao ferry, aumentado o estigma de que não serve para a Madeira porque esta não tem mercado. É coisa que não se entende nem ninguém explora, deveriam fechar a solução de contentores do Caniçal. Este ferry está interiorizado como uma sacanice do Governo, a armadilha montada desanima passageiros e actores económicos porque é um "amor de Verão".

O Ferry para ter sucesso deveria estar numa conjuntura de monopólio de portos resolvido, que como sabemos engonha, sem o maquiavélico que compra, silencia e ameaça tudo e todos com a capacidade de parar a Madeira, de meter a língua dos políticos no saco (ex. Eduardo Jesus) e de ainda brincar com a APRAM que, não conseguindo ter guindastes a funcionar no Porto do Caniçal, esteve para a festa com o rebocador a meter mais água. Tanto cinismo, tanto show-off.

O Presidente e o Vice-Presidente foram a bordo "cumprir mais uma promessa", enviesada, com muitos erros, muita subordinação e muita incompetência, depois de sabermos que a Madeira não alicia armadores com a sua falta de credibilidade para fazer negócios limpos, todos sabem e lembram o estado de monopólio dos portos que persegue e mata associada à experiência passada. Sim, porque este ARMAS é bem vindo desde que fretado pelo Sousa. A montanha nem pariu um rato mas sim um peidinho eleitoralista para colocar um espigão de cumprido e poder constar nos cartazes. Com cúmplices. Estamos a ver tudo, por mais que martelem uma solução ao agrado do poder político e económico mas, do desinteresse dos madeirenses. A continuidade territorial tão falada, quando chega à hora da verdade, é uma fronteira do Trump, amurada. Vão brincando com o povo, a derrota vai ser pesada, nem a compra do mentor do Grupo do Ferry, apanhado pelo ponto fraco de se embevecer com convites chega, só alimenta um ego, insuficiente para cobrir os seres livres da Madeira.

Fotos do Diário de Notícias: LINK

Entidades regionais visitaram ferry no Porto do Funchal

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"Madeira és "livre" e "livre" serás,
cobiça tão linda no mundo não há"