Odor a cadáver e o meio aluno


É comum na Renovação adjectivar os seus adversários ou opiniões contrárias de forma depreciativa para depois explicar muito mal. O plano de fusões avançou a quente porque servia como uma luva para eliminar politicamente pessoas da comunidade educativa que, tendo qualidade e mérito, são inconvenientes à política de promoção de amigos e provam como são incompetentes a governar. Já é do desconhecimento da opinião pública a incrível perseguição movida a muitos numa área de formação de pessoas, a Educação. Incrível. A Secretaria de Educação ensina como ser vencedor sem mérito ou valor. Está a ensinar "mata o teu concorrente" se queres ficar à frente, até podes ser ignorante mas ninguém estará à tua frente.

No mesmo dia aparece no DN da Madeira o artigo de opinião de Francisco Santos, de 1 de julho de 2018 "Da Autonomia e da Educação" - resume-se a simplesmente isto: 

Quando há odor a cadáver aparecem sempre os abutres. A nossa desgraça é melhor que a desgraça do vizinho. Nos comentários ao artigo no próprio DN está lá parte da treta bem denunciada, por isso o artigo propriamente dito não vale a pena ser aprofundado.

O que nos interessa é o factor politico em jogo nos bastidores destes dois artigos. 

O cadáver politico de Jorge Carvalho já tresanda mas mesmo assim enviaram o EMIR do PSD, Francisco Santos. Um pequeno pormenor, a EMIR não declara a morte, tenta salvar. Este EMIR veio ajudar a enterrar. Já explico mais abaixo.

O povo será quem declara o óbito fazendo de delegado do Ministério Público. O povo será bem representado. O que simboliza Jorge Carvalho todos já percebemos. Basta recordar as ultimas semanas. Ridicularizou os camaradas de profissão, com adiamentos e tentativas de colocar uns contra os outros, arrastou reuniões com os sindicatos e manipulou a opinião pública com artigos nos jornais. Nenhum sindicato é fácil de manipular senhor secretário. Ser professor é muito mais que ser político, temos um código de deontologia que nos orienta. 

Pouco dotado de inteligência, age desesperado, destrói e vinga-se de todos os que odeia ou lhe dizem que odeia. Tem um problema de caráter, só gosta dele próprio. É fácil de manipular, basta uma ração de elogios e uma escovadela no ego, todos os dias.

Uma outra noticia (em caixa) a tentar "salvar" o secretario da Educação é publicada no DN de ontem, 1 de julho de 2018, num trabalho da jornalista Paula Henriques onde de forma pertinente descobre e expõe um artigo de um dos vários pitbull de Jorge Carvalho, o Eng. Gonçalo Nuno Araújo, que há muitos anos acumula o cargo de Diretor Regional com funções no Clube Naval do Funchal, desde o tempo em que, coincidência ou não, se iniciou com Francisco Santos, quando este era Secretario Regional de Educação, já lá vão mais de 20 anos. 

No seu artigo “Histeria, precipitação e ignorância” o Director Regional de Planeamento, Recursos e Infra-estruturas não compreende o que chama de “histeria, precipitação e ignorância” em torno da notícia das fusões no próximo ano lectivo na Madeira. 

Gonçalo Nuno Araújo defende que "a fusão é a entrega do poder de decisão às pessoas que estão junto dos alunos, dos pais e das câmaras. “Em tanto lado se diz ‘Nós não decidimos, não somos ouvidos’. Quando a gente entrega o poder de decisão e de avaliação da situação, é esta a reacção que existe? Não tem sentido nenhum esta histeria toda”. 

Este engenheiro da Educação, que nunca leu nada para além de folhas de Excel e menus de cantinas, vem considerar que se ouviram as partes, quando são os elementos das partes queixam-se desde o Porto Santo até a Ponta do Pargo por não terem sido ouvidos neste processo das fusões. Alguém mente e de certeza que nunca será a maioria, pois são demasiados mentirosos. A arrogância tem destas coisas. 

O desrespeito é tão grande que considera "histeria e ignorância" qualquer opinião diferente da sua e o facto das pessoas se manifestarem. Este engenheiro conhecido nas escolas pelo "o meio aluno", tal a sua obsessão pelos números que defende até ao ridículo de "cortar" alunos a meio para os distribuir por diferentes turmas, demonstra aqui toda a sua arrogância e a falta de respeito pelos direitos dos professores e da comunidade educativa. Este engenheiro é bem conhecido na comunidade escolar, o medo dos diretores e a conveniência de determinadas pessoas (os diferentes secretários ao longo dos anos à cabeça), têm permitido que este "deserto de ideias" ainda se mantenha no cargo. 

Este individuo ainda é uma herança da política do betão. Foi útil, mas agora não é essencial, pois como disse Francisco Santos "Em 1.º lugar, importa sublinhar que não sendo a Educação um processo estatístico, é a análise de indicadores deste teor que também nos permite inferir sobre os efeitos das políticas públicas, sou seja, sobre os processos concretos ocorridos num espaço e num tempo e os resultados que deles derivam." in DN Madeira, dia 1 de julho 2018. 

O problema é que há muito que não existem politicas públicas estratégicas na RAM, muito menos na Educação, desde o tempo de Francisco Santos, o EMIR. Este no seu artigo, em desespero, assume na verdade o pavor de ver desaparecer, pela incompetência dos atuais responsáveis, o que resta do seu trabalho há anos atrás. 

Alertamos todos os camaradas que a cegueira neste caso não é um ensaio é uma condição definitiva, logo a nossa luta deverá continuar. Resumindo, hoje emergiram duas figuras históricas (Histéria??) da Educação a tentar salvar a face da Educação porque o raivoso secretário (Precipitação??) e a sua equipa estão perdidos (Ignorancia??).


"Eis Bocage, em quem luz algum talento;
Saíram dele mesmo estas verdades
Num dia em que se achou mais pachorrento."