O sorriso da Graça Luísa


O que têm em comum Graça Luísa e Paulo Cafôfo? À partida poderíamos afirmar que apenas o sorriso contagiante, cativante e enganador, mas, e infelizmente para nós, as semelhanças entre os dois podem ser muito mais. 

E por falar em vacas, ontem estivemos na Feira do Gado do Porto Moniz, mais um arraial sem Agricultura e sem Pecuária mas com muitos porcos, vacas, cabras e muita gente do povo. No meio das mais de 1500 tascas  encontramos o Sr. Secretário da tutela com uma cerveja na mão e com um ar triste e abandonado, a falar sozinho.  Do PSD nada!

Surpreendentemente, e sem ninguém estar à espera, e no meio dum alarido de mulheres histéricas, surge o Cafôfo a distribuir beijinhos e abraços a viúvas  e virgens ninfomaníacas. Era a loucura total! Já ganhou, afirmavam desconfiados os homens ciumentos.

À frente da trupe vinham o Miguel Iglésias e o Vítor  Freitas, numa galhofa divertida e com um ar de gozo! Sim de gozo, porque toda a gente sabe que a agricultura é um gozo e todo aquele arraial é para gente ignorante que gosta de beber umas ponchas contrafeitas com Vodka.

Para completar a euforia do espetáculo do Cafôfo e dos seus sequazes, faltavam apenas umas majorettes cor-de-rosa parcamente vestidas levantando a perna e deixando transparecer um pouco da lingerie cor-de-rosa íntima e sexy. Para não destoar, no meio da escumalha vinha o Emanuel Câmara de cor-de-rosa, acompanhado de perto pelo homem dos vinhos do Seixal e pelo sonso do Miguel Gouveia, distribuindo sorrisos e beijos pelas criancinhas e fingindo-se interessado pelo poder do sector primário do seu Concelho. Tretas!

Farto de hipocrisia, e agoniado, sai dali e fui para a festa das lapas no Paul do Mar, a maresia iria fazer-me bem.

Porra, e não é que estampei-me de frente com outro cromo, o Albuquerque.
Um indivíduo pode sorrir, sorrir, e ser um vilão. 
William Shakespeare