Estamos em presença de elementos que fazem carreira política nascidos do nada e do senso comum, sem regras básicas de postura, etiqueta, protocolo mas, mais preocupante ainda, com total falta de conteúdo, ao que depois alguns responsabilizam essa coisa de comunicação por não fazer o seu papel quando os emissores não dizem nada que interesse ao povo eleitor.
O tempo é muito preenchido com alaridos e foguetórios, festas e proximidades sem nada para nós. Gente vazia a fazer de políticos vão se escapulindo de dizer algo útil ou um compromissos na ausência da mentira pelo quais valha a pena votar.
O GR já não sabe fazer outra coisa que não se queixar de Lisboa, é fácil perante uma Autonomia desfeita pelos próprios. Faliram mas inventam dinheiro para o que dá votos e riqueza a poucos, reclamam por dinheiro quando usam mal o que tem. Fazem-se convidados para ter algumas fotografias que simulam uma intensa actividade de sucesso mas novamente desprovidas de benefício palpável. A agenda é uma treta, é uma vazio ocupado.
Se uns bem acusam e fogem, outros bem omitem. Se Albuquerque anda desbocado a tentar preencher a falta de obra com falatório, já o principal pretendente ao trono deixa o seu súbito presidente, dono do ceptro e do arroz com pato, a entreter-se com Albuquerque. Ele, o pretendente, sem acção governativa, distribui charme e mais proximidade num caso preocupante de popularidade vazia. Tanta proximidade mas nunca estão quando cada um de nós sofre no desemprego, na assistência nesta péssima saúde ou de qualquer acto burocrático. O povo até para o essencial do normal funcionamento das instituições tem que meter cunha e dever um favor.
A mediocridade é inclusiva, ou seja, quanto mais baixo o nível do discurso muitos mais participam a fazer confusão estéril que não nos leva a parte alguma. Tudo isto é triste, tudo isto existe e só pode dar em fardo, um fado de lamento e saudade. Fomos assaltados do rendimento. Querem assaltar-nos a inteligência e estamos a ser assaltados quanto ao futuro. Os mesmos ou outros virão tratar da sua vida na política que deveria ser uma oferta de capacidade para liderar o nosso futuro colectivo. Que tristeza.
O medíocre fala de pessoas, o comum fala de factos, o sábio fala de ideias."
Provérbio Chinês