Imagem retirada da notícia do JM, ver link sinalizado. |
Estive com vários colegas no Museu da Imprensa, em Câmara de Lobos, no dia 11 de Maio e assisti a um discurso do Secretário Regional de Educação inseguro e agressivo. Um discurso construido por terceiros pois não leu com convição de quem sabia o que estava a dizer. O que assistimos foi a leitura de uma peça que foi publicada no Jornal da Madeira online, de imediato após a sua leitura oficial.
Uma reportagem que tresanda a propaganda. Temos um governante com uma imagem degradada e suja pelas jogadas de bastidores que usa e abusa e que utiliza a comunicaçao social para parecer que domina determinadas matérias. Nisto o Governo Regional é tão rasca como alguma da oposição. Gastam milhares para tentar enganar o povo. Já nos enganaram, agora acabou. O povo responderá.
Vamos então analisar as pérolas do "cochino" Jorge Carvalho, transcritas no JM.
1ª Pérola:
"O trabalho efetivamente prestado pelos professores na Região Autónoma da Madeira será integralmente contado para efeitos tanto de progressão como de atualização salarial", começou por apontar, salientando que "não há, sobre esta matéria, nenhuma variação – o compromisso de contar os 9 anos, 4 meses e 2 dias de ‘congelamento’ será cumprido, com os seus efeitos a serem projetados na carreira dos professores atingidos de modo gradual e progressivo".
Jorge Carvalho, que em tempos aspirava secretamente a ser futuro presidente do governo, hoje tenta salvar o seu futuro com medidas que assegurem melhoria substancial do seu ordenado, assim como, dos familiares e amigos, pelo que nao estranhamos que tenha afirmado que iria cumprir esta promessa. Claro que a sua motivação é enorme. Esta medida é em beneficio próprio e traindo os colegas de governo que não conseguem fundos nem propor legislação a seu favor. Em termos de ética estamos conversados.
2ª pérola
"deixar muito claro que não temos às segundas, quartas e sextas uma opinião sobre os concursos dos professores, e às terças e quintas uma outra opinião sobre a mesma matéria. Sempre defendemos o princípio da graduação profissional como requisito central da ordenação dos professores para efeitos de concurso, por razões de transparência, igualdade e justiça, que são axiomas válidos em todos os dias da semana e não apenas em alguns deles".
O facto de não mudar de opinião pode ser um bom sinal, contudo quando a opinão que não muda coloca em situação de instabilidade o bem estar de milhares de pessoas, de que serve manter a opinião se esta é uma agressão?. A graduação profissional não é justificação e nunca foi o problema para os professores sempre a defenderam para efeitos de concurso. Usar este argumento é um golpe baixo e é atirar areia aos olhos a opinião pública e dos milhares que não são professores. Os professores previlegiados com destacamentos e os protegidos dos diretores das escolas não estão sujeitos a graduação profissional, logo cai por terra este argumento de que todos estão sujeitos ao principio da graduação profissional. Há filhos e há enteados. Grande aldrabice.
3ª Pérola
Já sobre a reorganização das zonas pedagógicas, o responsável esclareceu que este "obedece ao primado da graduação profissional na ordenação dos docentes que se sujeitam a concurso; não podia ser de outra maneira, e o que dizemos em privado sobre esta matéria, dizemo-lo igualmente em público – infelizmente nem todos podem dizer o mesmo".
O que tem o cu a ver com as calças? A graduação profissional nos últimos anos foi, e muito bem, a referência na ordenação dos docentes, naturalmente após a reorganização das zonas pedagógicas os professores terão que ser distribuidos segundo a graduação (salvo os previlegiados), mas o problema da reoganização das zonas pedagógicas não está na utilização da graduação, está nas dificuldades acrescidas para os professores que terão que se deslocar grandes distancias diariamente, quando anteriomente estava protegidos nos seus direitos e bem estar para poderem trabalhar. Salvam-se os privilegiados e protegidos do sistema.
4ª Pérola
No que respeita a questão do tempo de serviço necessário à vinculação, o secretário regional explicou que "optámos pelos cinco anos por uma razão muito simples: esse é o ano seguinte ao tempo médio da duração da ausência justificada de muitos professores das escolas em que ocupam vagas; governantes, autarcas, dirigentes sindicais, outros elementos afetos a projetos de diversa índole, estão fora da escola, em norma, por um período de quatro anos".
Que relação tão disparatada!! A maior falta de respeito pelos trabalhadores é quando o responsável pela tutela dessa área profissional despreza a precariedade em que vivem os que justificam o seu posto de chefia. O que temos nesta afirmação é um grandioso disparate que revela no minímo a incompetência de Jorge Carvalho e o desprezo deste em relação aos professores que trabalham de forma continuada, dando o seu melhor durante vários anos e continuam com o seu futuro incerto. No continente ao fim de 3 anos este professores são integrados. Esta decisão de estender a 5 anos na RAM, mostra que este governante trata os professores madeirenses e portosantenses muito pior que o governo central.
5ª Pérola
"Aliás, é facilmente compreensível que os lugares correspondentes aos professores temporariamente em mobilidade não podem ser transformados em vagas definitivas, pois ocorrido o período dessa mobilidade, os docentes nessa condição não podem ser preteridos do sistema, devendo manter o direito, legalmente estabelecido, de voltar a ocupar o lugar de origem", argumentou o governante, acrescentando que, "quando adotamos este conjunto de medidas, estamos focalizados na valorização dos professores e da sua carreira pelo respeito que os mesmos nos merecem".
Temporariamente!? Nós os professores contratados sabemos que há colegas dos quadros a usufruir de forma continuada de destacamentos há mais de 12 anos. Dificilmente quererão voltar a dar aulas naquele ambiente que o PSD-M tantos gosta de criar aos outros e caso isso acontecesse seria razão para que legitimamente se questionasse se estariam atualizados cientificamente para o exercício. Afirmar que somente depois de 5 anos de precariedade poderão integrar os quadros porque são de 4 anos as ausências justificadas dos professores que são de quadro e tem o seu lugar sempre assegurado, é no mínimo um atentado à inteligência dos desgraçados que todos os anos não sabem o seu futuro.
É como afirmar que não há pessoas pobres porque os supermercados estão cheios de clientes. Atitude típica de um ditador que se considera o único inteligente. Mais um enganado pela MIUT, ou mlehor, pelo chefe de gabinete e seus amigos que lhe escreveram o discurso. Tenha vergonha na cara.
Homem de génio impaciente,
Tendo uma dor infernal,
Pedia, para matar-se,
Um veneno, ou um punhal.
– “Não há (lhe disse um vizinho
Velho que pensava bem),
Não há punhal, nem veneno;
Mas o médico aí vem.”
P.S. O assessor de imprensa do secretário Amílcar Gonçalves, Miguel Ângelo foi sugerido por Jorge Carvalho. Este mais uma vez atribui um tacho. O putativo jornalista é um grande amigalhaço de Jorge Carvalho e este como nunca falha com os amigos da propaganda, conseguiu que recentemente a mulher daquele fosse nomeada chefe de divisão da Unidade de Gestão da Secretaria de Educação. O curioso é que a esposa é licenciada em comunicação e a Unidade de Gestão só trata de finanças. Nesta secretaria os tachos nascem como cogumelos mesmo nos lugares mais inusitados.