Um exemplo para pensar

Apesar de algum vento que ainda se faz sentir, as operações estão a regularizar no Aeroporto da Madeira. Muito se fala de operacionalidade, ventos, do massacre dos passageiros, debate político com intenções diversas e todos sabemos que corremos o risco de ver mais companhias a desistir do destino Madeira pelos custos que, de um momento para o outro, podem incrementar num voo até ao nosso arquipélago. Apesar das companhias, seguindo à risca, terem a tendência de conseguir fugir a custos com a operação, colocar um passageiro num destino diferente do adquirido é de caras impossível de tornear. Desde a passada Quinta-feira que passageiros de um voo Condor estão no Porto Santo quando o destino era Madeira. Com acumulação de passageiros, tanto nos transportes aéreos como marítimos (Lobo Marinho), a Condor solicitou uma operação especial a companhia espanhola de charters privados Privilege Style para lhe realizar a operação Porto Santo - Madeira. A companhia opera com aviões Boeing de médio longo curso e, para conseguir colocar os passageiros da Condor na Madeira, utilizou um Boeing 757-200, o EC-ISY, que veio de Madrid até ao Porto Santo e finalmente realizou o voo com passageiros na curta viagem até à Madeira. Se ninguém tem culpa pelas condicionantes da meteorologia (não queremos entrar pela discussão das alterações climáticas), quem tem negócio na aviação assiste-lhe todo direito de repensar as operações com a Madeira pelo risco de despesa adicional que acarretam. Parece que o Governo Regional não tem ideias nem celeridade para uma situação que está a matar o destino. Existem ideias mas não nos parece que sejam disponibilizadas a um Governo tão presunçoso na sua inércia e incompetência.