Quem manda no PS?


Depois de gozado, enxovalhado e denegrido durante mais de vinte anos pelo todo-poderoso Alberto João, Emanuel Câmara submeteu-se sozinho - sim, sozinho - porque os seus queridos colegas de partido do Seixal, no seu íntimo, até desejavam que o tontinho do árbitro se estatelasse ao comprido nas eleições do Porto Moniz.

Azar o deles! Emanuel ganhou a Camara do Porto Moniz, e logo por duas vezes. E melhor do que tudo, o Emanuel hoje goza de grande popularidade junto da população, outrora maioritariamente PSD.

Durante anos, o PS foi (ou ainda é?) um partido subjugado aos interesses de uma família, que geria o partido na oposição conforme os interesses dos seus negócios. Os defensores da teoria da conspiração até acreditam que tudo isto fazia parte da conspiração maquiavélica duma maçonaria enraizada nos dois maiores partidos, isto é, ganhe quem ganhar o poder económico está sempre do lado do vencedor.

Emanuel até pode ser popular no Norte, mas não tem a dialética para conquistar o Funchal, que é um bastião politicamente muito mais exigente, e por isso precisa do Cafôfo. E o Cafôfo precisa do Emanuel? Ele ainda não sabe, mas precisa muito do Emanuel, porque o Emanuel continua a ser a imagem ingénua do PS que o povo gosta.

Infelizmente, as últimas ligações públicas de Cafôfo ao poder económico fizeram tremer a estrutura do PS e fizeram perder muitos votos. Se tais ligações passam despercebidas ao eleitorado rural, faz mossa, e de que maneira, no eleitorado do Funchal que não vê com bons olhos as ligações efémeras aos grandes grupos económicos. Afinal vão votar para mudar o quê? As moscas?

No meio de todas estas ligações perigosas, está uma figurinha, que para bem da democracia, precisa de ser definitivamente afastado do PS. Esta figurinha nunca se submeteu a eleições, e sabe muito bem, que melhor do  que ser importante, é saber fingir-se importante.  O que é relativamente fácil no meio de um partido de ingénuos. É sabido que o maquiavel joga nos bastidores, negociando e vendendo o partido a quem paga mais, fazendo do Emanuel e do Cafofo fantoches de ocasião.

Antes que seja tarde de mais, cabe ao Emanuel dar um murro na mesa e mandar de volta para a Figueira da Foz a besta que pensa que manda em tudo e em todos, pois para Jaime Ramos já nos chega um!
Nada no mundo é mais perigoso que a ignorância sincera e a estupidez consciente
Martin Luther King