Está em curso uma grande cambalhota nas perspectivas dos políticos regionais, nomeadamente os que têm pretensões de liderar os destinos da Madeira em 2019. Desde há muito ostracizados, uma larga fatia dos chamados "antigos" do PSD-M, que não significa idosos mas tão somente da escola do PSD da era Jardim, na casa dos quarenta anos em frente que não pertençam à Renovação, perfilam-se a avançar pelo novo partido de Pedro Santana Lopes
Desde a definição do que era a Renovação, manutenção de esquemas e procedimentos com gente impreparada mas liderados por alguns generais antigos conhecedores dos vícios, que grande parte da oleada máquina partidária do PSD-M foi sendo desmantelada por afastamentos ou desvinculações de militantes. Este maciço número de pessoas, sinalizadas ou em silêncio, são a génese das robustas vitórias de Jardim que pela experiência se podem organizar num estalar de dedos. São os únicos capazes de enfrentar o uso do poder no Governo Regional para condicionar a política regional.
Paulo Cafôfo que não entendeu várias mensagens tácitas de vários PSDs estará em tão maus lençóis como Miguel Albuquerque porque este importante número de votantes decide as Regionais de 2019. Não havendo partidos de âmbito regional mas, formando-se este novo a nível nacional com estrutura na Madeira, colocará de parte o problema de "em quem votar em 2019" que muitos questionam, quando o PSD Renovação prossegue cada vez mais incompetente e a Confiança/PS de Cafôfo se tornou arrogante e suportada em lobbies regionais que já estão a tomar conta das decisões políticas no governo. Estes lobbies, que estabeleceram contactos com vários partidos para lhes financiar a campanha não encontram eco no novo partido que quer ser diferente e dar ao eleitorado o que este quer. Independência política e capacidade de decisão para uma nova era em favor do povo.
A hipótese de fundar um novo partido é a informação ponderada que se deixa escapar para a opinião pública quando decorrem já contactos para a formação do mesmo que vai esvaziar a força eleitoral de Miguel Albuquerque com a sangria de militantes do PSD-Madeira e a de Paulo Cafôfo que recebeu votos dos social democratas mas não os soube cativar.
A ver vamos que figuras surgem e a sua credibilidade.
O riso é a mais antiga e mais terrível forma de crítica."
Eça de Queirós