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Sexta-feira, 29 de Junho de 2018 00:33
Texto e título do autor. Imagem adicionada pelo CM.
Face às circunstâncias políticas, o Dr. Manuel António Correia é, a meu ver, o candidato ideal ou mesmo único com as caraterísticas para assumir a liderança do PSD-Madeira e da Região Autónoma. Mas uma vez uma pessoa disse que na vida, se chegamos demasiado cedo ninguém nos entende e se chegamos demasiado tarde somos esquecidos, é tudo sobre chegar no momento certo. Ora, para mim este não é, de todo, o momento certo.
É muito fácil tropeçar no deslumbramento pelo poder, mas é ainda mais fácil tropeçar na realidade dos factos. Momentos como este requerem a noção de que quem vier tem a obrigação de evitar que a Madeira caia sobre a governação de lunáticos que nos conduzem para o abismo do populismo.
Mais do que o Manuel António precisar da Madeira, é a Madeira que PRECISA do Manuel António.
1.Face à popularidade crescente do Dr. Paulo Cafôfo, é pouco provável que a tendência seja revertida, e nem para o maior dos otimistas, o desfecho é evitável. É imperativo começar a aceitar que é muito provável que o PSD-Madeira perca e não consiga formar governo.
2. Em vez de um pensamento baseado no curto prazo, é necessário delinear uma estratégia para a retoma do poder. Se o MAC assumir o PSD-M antes das eleições de 2019 será ele o responsável pela derrota, e o PSD fica sem ninguém com legitimidade política para ser líder.
3. A estratégia passa por encontrar convergência entre dois pontos: unir o PSD mas fazer uma rutura com as políticas passadas.
4. Romper com o passado não implica afastar todos, mas assumir um claro afastamento com determinadas figuras que representam o que de pior se fez neste governo. Miguel Albuquerque, Pedro Calado, Tranquada Gomes, Jaime Filipe Ramos e Carlos Rodrigues têm de ser afastados, ou pelo menos deixar de ter um papel ativo na política do PSD.
5. O PSD tem de AFASTAR de uma vez por todas da política do BETÃO e dos GRANDES GRUPOS económicos, adotando uma política mais liberal e que vá de encontro aos princípios do partido. E claro, honrar os COMPROMISSOS que faz com o eleitorado.
6. Por outro lado, é preciso acabar DE VEZ com a elitização das estruturas do partido e da juventude partidária, que desvirtuam as suas origens e contribuem para o afastamento para com as bases, que tem sido crucial na perda de popularidade.
7. Por fim, espero que o MAC tenha a coragem e a audácia para ir para a frente com a verdadeira “RENOVAÇÃO”, e não seja mais um renovadinho.
8. O Manuel António tem duas hipóteses: ou faz parte da derrota ou parte da solução. Fazer parte da derrota é avançar antes de 2019, a solução só virá depois.