A Madeira é uma ilha mas não naquela definição da escola com a porção de terra rodeada por água, salgada ou doce. É uma ilha porque aqui não se inventa nada mas há uns gabarolas que pensando que a inoperacionalidade do aeroporto é suficiente para tornar o povo burro esquecem-se da internet, mais barato e mais eficaz. Mas não só! A Madeira é uma ilha porque se isola, a completa estupidez de gente menor que quer meter umas cancelas para poderem ser os únicos com o olho de trás a funcionar com o resto do povo a lhes dar pum.
O segredo de alguns artífices de falso sucesso na região é controlarem o dinheiro, as fontes de financiamento e enrolar como novo uma ideia que copiaram de qualquer lugar, ou então absorver obstaculizando gente empreendedora que vai de peito aberto sem conhecer as aves de rapina que por aqui andam. Um gajo que controla parte da comunicação social para o vangloriar, a ACIF para controlar o meio e dá ordens nos organismos regionais que representam os programas de apoio ao investimento da União Europeia ... tem meia vida feita. Se a par disso tem um sentido de persuasão onde mete mais medo que os políticos ou os entala com os rabos de palha, está feita a receita do sucesso.
A ilha significa meia dúzia que controlam as oportunidades, os financiamentos e o poder rodeados de povo miserável por todos os lados.
A história do gás natural na Madeira acto meliante a todos os níveis, a região investiu em estudos por longos anos, ofereceu o resultado a um pato bravo, este como habitualmente cozinhou como lhe interessava obter a concessão da exploração, barateou o investimento de forma irresponsável, fez-se de grande inovador e a ilha comeu. Tudo isto é comprovável pelos partidos com assento parlamentar na nossa Assembleia Regional, ninguém lhe tocou. É natural que houvesse testas de ferro para negar, ludibriar e mentir mas com persistência lá chegariam. Por isso temos uma Assembleia Regional inútil, largamente preenchida de crianças, alguns vendidos, outros que querem ser bengala, muitos acomodados, um ou outro que gosta de show e tiradas para aparecer na comunicação social que também as adora na missão de preencher sem informar, de concreto nada!
Vamos a isto ...
- O gás natural liquefeito (GNL) foi introduzido na região em Março de 2014.
- O GNL deveria abastecer os 3 grupos geradores da nave 3 (central nova construída junto à ribeira CTV3).
- Os 3 grupos geradores da nave 3 foram convertidos para funcionarem a gás natural (que anteriormente funcionavam a fuel).
- Verifica-se que a quantidade de gás natural é insuficiente para assegurar o funcionamento dos 3 grupos geradores em contínuo (24 horas/ dia).
- A quantidade de gás natural apenas consegue abastecer o equivalente a 1 grupo 24h/ dia. Na verdade estão a operar cada um dos 3 grupos geradores por 8 horas/ dia a gás natural, sendo que operam no restante tempo (16h/ dia) a gasóleo pois não é possível voltarem a operar com fuel. A conversão a gás natural só deixa como alternativa o gasóleo, muito mais caro.
- Existem 3 tanques de armazenamento de 60 metros cúbicos (localizam-se junto à central). Não cumprem as distâncias de segurança (25mt) relativamente à Ponte dos Socorridos (de elevado tráfego automóvel) e da Promenade (com alta frequência de tráfego pedonal).
- Não foi estabelecido um plano de segurança para instalações envolventes (PIZO e zonas residenciais).
- A capacidade instalada de armazenamento (3 tanques de 60 metros cúbicos) não pode ser ampliada.
- Os contentores chegam nos navios porta-contentores com origem em Lisboa, para onde são transportados por camião desde Sines.
- As descargas no Caniçal ocorrem às segundas-feiras de manhã e às Quintas-feiras ao fim da tarde.
- No estudo inicial, “muito adulterado”, estava previsto a construção de um pontão junto à zona de armazenagem. O GNL sairia dos navios de transporte apropriados para a zona de armazenamento. A solução actual perde numa semana cerca de 25% de combustível.
- Para haver um abastecimento escalonado à central, alguns contentores têm de aguardar vários dias no parque da Logislink (centro logístico para carga em geral), na Cancela, o que acarreta elevada “boil-off” (perda de gás por evaporação), o que reduz ainda mais a quantidade de gás que efectivamente chega à central. A Logislink não deve armazenar produto tão inflamável.
- A quantidade de gás natural que chega à Madeira obriga à circulação de, em média, 4 a 5 camiões por dia com gás natural, que fazem todo percurso desde o porto do Caniçal até à central da Vitória (cerca de 30 km), com todos os perigos que isso representa e que é contra a legislação comunitária em vigor. Não existe aliás, que se saiba, certificação para este transporte. O GNL é altamente inflamável e com elevados riscos com o atravessamento de muitos túneis e pontes. Sugiro este “youtube” sobre a explosão de GNL numa estrada na China, ao menos lá as pessoas sabem que têm de fugir: http://youtu.be/tLGM_2l0zok o gás espalha-se, envolve tudo e entra em combustão. As pessoas morrem da explosão, da asfixia e das ondas de choque conforme a proximidade.
- As entidades licenciadoras não podem emitir autorização para este transporte porque naturalmente vai contra a lei e assumiriam o risco.
- Questiona-se as vantagens ambientais e económicas desta opção, paralelamente à imensa publicidade enganosa emitida. Apenas funciona o equivalente a um grupo gerador por 24h/ dia. Existem 14.
- Havia que contabilizar as emissões resultantes do consumo de gasóleo não previsto, bem como da poluição que resulta no transporte rodoviário. Como estarão a ser feitas as recolhas para análise? Nas 8 horas a gás? Nas 16 a gasóleo? Nas duas?
- A infraestrutura de armazenamento não tem possibilidade de expansão (limitação de espaço) pelo que, caso queiram aumentar a capacidade de fornecimento, terá que se optar pela solução preconizada inicialmente, ou seja, terminal marítimo para acostagem de navios metaneiros (navios LNG)
Daqui se conclui que todo o ciclo é claramente desenhado de forma comercial para rentabilizar todas
as empresas do Grupo (cargueiros, camionagem, transitário, Logislink, operações portuárias, Gaslink, etc) e não na perspectiva do estudo inicial, como solução técnica adequada e estudada pelo gabinete da EEM durante mais de meia década.
as empresas do Grupo (cargueiros, camionagem, transitário, Logislink, operações portuárias, Gaslink, etc) e não na perspectiva do estudo inicial, como solução técnica adequada e estudada pelo gabinete da EEM durante mais de meia década.
Esta exploração é lesiva para o contribuinte regional, para o Governo Regional e directamente pela EEM. Não é a solução apregoada para poupar dinheiro e reduzir as emissões poluentes.
Imagine a multiplicação do problema financeiro, ambiental e de segurança na via rápida se esta solução cresce para mais grupos geradores. A concessão indica esse caminho.
Negócio formatado para a múltipla facturação:
Negócio formatado para a múltipla facturação:
O estudo da solução de gás na Madeira levou 7 anos e foi executada por uma equipa competente que se debruçou sobre as instalações, segurança, transporte, viabilidade, condições mínimas e técnicas, reconversão dos grupos geradores, etc.
INÍCIO
A dado momento o presidente da EEM, começa a ter almoços com Pato Bravo no Restaurante Madeirense para, primeiro ouvir do interesse do Pato Bravo no negócio depois, para informá-lo dos trunfos da EEM e por fim acabar por participar numa jogada que deixou a EEM de fora após 7 anos de despesas e estudo, supervisionados pelo Vice de então que concordou e meteu a “cunha” para avançar dessa maneira. O que leva a EEM a desistir de algo que era completamente seu? O gás acabou no privado, através de uma nova empresa chamada Gaslink. Favorecida de forma aberrante, o caderno de encargos andou entre o interessado e a Vice Presidência até que foi tornado público, o Grupo ganhou porque lhe servia como uma luva. Com tamanha destreza que todas as condições técnicas de despesa foram arrasadas para dar lugar à participação a várias empresas do grupo que facturam. De um navio metaneiro, com pontão nos socorridos, de reduzido “boil-off”, passamos a uma solução em que os serviços portuários, navegação, camionagem, transitários, centro logístico (Cancela), empresa vendedora do gás à EEM … facturam. Maior risco sem credível e responsável licença para circular, rabuscada por entre as letras da lei qual fato de alfaiate, numa solução mais cara, todos os custos da exploração são por conta da EEM (a compra de mais contentores de gás foi pago pela EEM). O Grupo tem um contrato para ganhar dinheiro, e talvez não só ele. Mais um contrato ao estilo Lobo que está minado e até permite isolar uma ilha durante um mês.
GABINETE DE ESTUDOS
Foi bruscamente extinto sem aviso prévio. Funcionava no edifício do Jornal da Madeira, num piso superior. Alguns dos quadros foram “comprados”, outros marginalizados. É interessante verificar quem ganha mais do que o presidente da EEM na actualidade … vendeu bem o silêncio, apesar de ser tecnicamente honesto e de mérito, do verdadeiro, não aquele que madruga.
Porque foi extinto depois de tanto investimento, por tão longo período, uma solução integral para a poupança da produção de energia eléctrica na EEM? E agora paga mais usando 16horas x 3, ao dia, em gasóleo ?!
GASLINK
Se observarmos a evolução da composição daquela empresa, verificamos que no arranque mimguém percebia de gás, eram todos comerciantes. Conforme o interesse foram passando ou ficando o responsável técnico ex. Comandante da Zona Marítima da Madeira, que no passado fez favores obscuros ao Pato Bravo. Recebeu como prémio um lugar na Gaslink. Basta fazer perguntas simples à empresa que observará. A administradora não tem formação alguma para o negócio, é simples gestora fidelizada por intrincadas sortes, como também não tinha para ser administradora no Porto de Lisboa. Não estou a dizer que não tem curso de gestão, estou a dizer que não conhece o negócio. Pevas. Decidem como? Não precisam … o contrato com origem num caderno de encargos facilitador ajuda. Assim se enche o peito de fama, depois é só ir à comunicação social cooperante que cada vez mais se denuncia. Qualquer dia alguma só apresenta uma pedra nas suas emissões de notícias. Que raio ainda não chegou a secretária.
MODUS OPERANDI
Esta é forma de actuação é normal no Grupo que não possui uma estrutura com conhecimentos, antes compra, apropria-se, abusa. Entre várias situações a mais clara na actualidade é a RTP-Madeira onde o Pato Bravo não é funcionário, accionista, proprietário, outsourcing, em resumo não tem qualquer ligação para exercer influência a não ser de comentador para promover o seu império mas, manda na RTP-Madeira via MTC e outro "pequeno", "o futuro é dos jovens" ... os ceguinhos manobráveis.
O primeiro desta fórmula de sucesso foi o santo "Comandante" que implementou os negócios da carga marítima. Foi administrador da OPM e sócio na PSL. Depois de se acharem apropriados dos conhecimentos foi mandado embora. O que cedo ou tarde acabará com as ilusões de outros no futuro e dará informações.
OBSERVAÇÃO
Quem tiver acesso ao contrato final assinado para a concessão da exploração do gás e aceder a alguém honesto com o verdadeiro estudo produzido pela EEM terá um chilique. Os cortes e correcções por interesse de investimento ou comercial (tornar barato ao investidor) e a sua monopolização através de cláusulas abusivas são aberrantes. Fica este trabalhinho de casa para os verdadeiros deputados da Assembleia Legislativa Regional.
Somos uma ilha bloqueada por todos os lados.
O Governo Regional quer evitar os tacógrafos nos camiões da sua extensa clientela lobista. Quem é que tem mais camiões na Madeira? Os empresários do PSD, era uma medida importante para atenuar excesso. É isto que sucede quando um contentor de gás natural explode, desses que andam na Via Rápida do Caniçal até à Vitória (final):
Tacógrafo: dispositivo empregado em veículos para monitorar o tempo de uso, a distância percorrida e a velocidade que desenvolveu.