Tem havido muito debate nas redes sociais, pelo menos nas que frequento, sobre a condição feminina neste fim de semana laboral por causa de umas aves raras que tropeçam nas oportunidades pelo demérito. Vou falar algo claro, não vou dizer tudo porque depois vocês entendem o resto.
Costuma-se ouvir por entre os homens, quando algum se mete em alhadas, a baixaria "meteste-te num bom broche", coisa impensável de se dizer a uma mulher, excepto as que não se dão ao respeito.
Algumas mulheres exibem o broche como arma de conquista que impõe respeito por ser oferta de alguém, um pouco como Passos Coelho exibia o pin com a bandeira de Portugal na lapela e tratava os portugueses com injustiça e desumanidade. Algumas querem ser senhoras só por ostentar o broche na mesma ideia do ex primeiro-ministro. Estamos a ver o que está a suceder com ele agora de regresso à Universidade, não respeitou, não é respeitado. Não quer passar pelo sofrimento que provocou nos outros logo, é um demagogo, um foragido das regras.
Trazer os sexismos e machismos aos nossos dias como arma para se desenvencilhar da verdade é algo que denota falta de argumentos. Só chegamos a essa discussão tão básica na falta de muito. Estou cansadinha dessas tretas que não emancipam de vez a mulher e que se apresentam para não falarmos de qualidade humana e competência. Se a mulher nunca sair da descriminação positiva nunca será um ser entre iguais, nunca se valorizará de pleno direito e reconhecimento. Uma mulher que argumenta com sexismo falhou muito.
Sexismo enquanto branqueador que traz a pureza nos actos é uma falácia e uma utopia. Mulher também erra. Superar o erro pelo sexismo é fraqueza, deveria ganhar o debate e a acusação.
Sem dúvida que um homem não pode abrir as pernas para conquistar coisas na vida. Em contraponto alguns dão em gays e o problema é deles, não é? Portanto, se querem direitos de igualdade o problema deverá ser delas mas há regras para ambos os sexos.
Quando se chama vulgarmente cabra a uma mulher o que estamos a querer dizer? Que não tem nível? Que usa o corpo para conquistar benesses? Que é de mau feitio e ninguém a atura? Que usa de esquemas para fazer os outros parvos e pintá-los de trogloditas? Porque não, se existem cabrões?
A Madeira é um ambiente pequeno e sabe-se que as mais ofendidas ficam no silêncio a sofrer, enquanto outras usam-no para serem vítimas coitadas, forjadas. Algumas mulheres descem de nível por culpa de outras, porque generalizam uma imagem e um estereotipo. Porque vulgarizam o piropo a todas. Quantas mulheres não estão nada contentes com o ar rasca que algumas líderes do momento emprestam a condição feminina na política? Eu sei de muitas e só não descrevo porque reverterá contra a minha condição feminina se se souber mais. Por isso, há algumas da praça que deverão fazer um acto de contrição, se moderar ou então que se calem porque só pioram o que todos sabem. Conheço gente bem fartinha de umas meretrizes que não teriam problema de por a boca no Trombone eleitoral. Deixem-se de ceninhas de virgem, os homens são mais bilhardeiros do que as mulheres e adoram se vangloriar com as conquistas fáceis.
Gosto de ambientes com homens, para começar, quando deixam de ver a "gaja" para ver a colega são super amorosos e protectores, com sinceridade, eu não consigo isso de uma mulher enquanto colega. Os homens brigam mas vão à tasca e acabou-se, não eternizam uma briga, nem são cínicos, nem falam atrás das costas. Não gosto de ambiente de galinhas, de intrigas da roupinha e das conquistas.
Os homens não sobem na horizontal, as mulheres devem se dar ao respeito e fazer com que outras, que deslizam pelas artimanhas do corpo, sejam denunciadas numa altura que tanto se fala de mérito. Assim como os homens que caem que nem patos a promover as suas amantes devem ter consciência que lideram para governar.
As mulheres respeitam menos as próprias mulheres do que os homens, paciência, é a minha experiência de vida. É verdade e digo, sabendo dos casos de violência doméstica. Estamos metidas numa boa alhada por outras que não se dão ao respeito e são do pior para defender a condição feminina.
Com o tempo perdem-se as coisas. Eu acho que isso acontece às mulheres e aos homens. Depois vamo-nos perdendo a nós próprios, já não se tem a mesma imagem, já não se tem a mesma ligeireza, já não se tem a mesma leveza, já não se tem ..."