7 pontos a reter sobre a sondagem Intercampus/JM

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Publica o JM aquilo que diz ser uma sondagem feita por “11 entrevistadores devidamente treinados para o efeito”. Sobre a mesma, sete observações:

. 400 entrevistas é um logro. São bem menos de metade das 1.018 validadas no estudo publicado em Julho último pelo DN da Madeira.

. Uma taxa de resposta de 63% obtida num estudo desta natureza significa que 37% recusaram participar. Dizem os entendidos que mais de 20% de rejeições indiciam desconfiança em relação à entrevista e descredibilizam a sondagem. No último estudo de opinião feito pela Eurosondagem para o DN da Madeira a taxa de rejeição foi de 16,6%.

. O estudo da Intercampus ouviu cinco eleitores no Porto Moniz! É obra. Sai mais barato mas, conforme a lei das sondagens, devia obrigar a cuidado suplementar. “Os responsáveis pela publicação, difusão pública ou interpretação técnica de dados recolhidos por inquéritos de opinião devem assegurar que os resultados apresentados sejam insusceptíveis de ser tomados como representativos de um universo mais abrangente que o das pessoas questionadas”. Ou seja, “a publicação ou difusão pública do inquérito de opinião deve ser acompanhada de advertência expressa e claramente visível ou audível de que tais resultados não permitem, cientificamente, generalizações, representando, apenas, a opinião dos inquiridos”. 

. A ficha técnica omite se o estudo de opinião está depositado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social bem como quem é o responsável técnico.

. Paulo Cafôfo e Miguel Albuquerque estão separados por 5,8 pontos percentuais e não por 5,8%, como erradamente escreve o jornal.

. A sondagem não trabalha os dados apurados. Limita-se a apresentá-los com preguiça, sem ter o cuidado de fazer uma projecção, com base no exercício meramente matemático, presumindo que os inquiridos que responderam "NS/NR" se abstêm.

. Devido à ausência de projecção, não foi feita uma distribuição de mandatos com base nos resultados, o que torna o estudo mais básico.

Há malta que se dá ao trabalho de ler ... o apelido assenta bem, Reprovadinhos!