Os madeirenses atacam quem lhes agride a inteligência



Hoje pudemos assistir à miserável submissão do poder político ao poder económico. Mais uma vez. Hoje foi grande a azáfama e a prioridade dos governantes para estarem no "Pau de Fileira" do Hotel Savoy. Só acontece porque a palavra do povo é de eleições a eleições e as negociatas são todos os dias.

Dois dias antes, no cordão de Jardim, assistimos pela lista de convidados os que contam para o regime. É um toma lá dá cá. Hoje fomos brindados por uma série de elogios gratuitos com as respectivas acusações dos governantes e ex-governantes contra os madeirenses. Os governantes não conhecem o seu lugar. Cada vez mais estendem a passadeira dos abusos, um gesto de agradecimento depois do mesmo, em sentido contrário, no cordão de Jardim.

Cafôfo ainda teve alguma coragem mas, rendido às evidências, elogiou o resultado. Miguel Albuquerque, principal político vendido a este abuso arquitectónico e paisagístico disse, em alto e bom som, que não se arrependia, o que mostra o valente parvalhão em fuga para a frente. Durante as Autárquicas passou o tempo, juntamente com o José Prada, a engendrar confusões para baralhar o eleitorado sobre os responsáveis deste atentado paisagístico, nos jornais e no blogue Fénix. Agora, sem necessidade de ganhar eleições, para já, disse a verdade, o que implica ter estado a mentir no passado.

A mentira tem precedente, o Savoy, acautele-se das novas, como aquela do presidente contra os criadores de gado nas serras que agora já os visita a dizer ao contrário. Isto é uma verdadeira chafurdice política.

Jardim, no seu habitual jeito de manipular a verdade, está aí de novo para nos ofender a inteligência. Disse que os madeirenses são contra os investimentos dos empresários madeirenses e mais, que se colocam de cócoras para os do Continente. Sendo uma boca para o seu adversário ou para os madeirenses, apresente provas. É que nós eleitores sim temos provas contra Jardim.

O madeirense não é contra qualquer investimento desde que respeite a lei e as regras mas também os outros que já existem e os investimentos ao lado. O madeirense é contra a manipulação das leis e das regras para viabilizar, por isso fala Albuquerque da legalidade, sabe o que fez. O problema é que correu mal, não imaginavam este mamute tão evidente e agora há que montar um grande espectáciulo de charme, do promotor e dos políticos.

Resta dizer que ninguém está de cócoras para o que quer que seja, Jardim faz mais um número. Todo o investimento é bem vindo, inclusive o estrangeiro, o problema é que durante décadas o regime se financiou com as obras adjudicadas aos "empresários madeirenses de sucesso" e agora Jardim conta uma história para se safar. Os "grupos madeirenses de sucesso" nem os outros empresários madeirenses respeitaram.

Foi Alberto João Jardim que não permitiu a entrada de muitas cadeias nacionais e internacionais na Madeira, no turismo, nos supermercados, entre outras. Até um ferry mandou embora. Quem tinha poder para não aceitar o investimento estrangeiro foi Jardim e não os madeirenses. Jardim ficou de cócoras com os Grupos Económicos e Monopolistas de Sucesso na Madeira Nova.

Senhor Jardim, o madeirense só fica de cócoras quando é chamado para lhe pagar as dívidas escondidas e, ver impotente, este regime podre e desrespeitoso a fazer o que quer e entende na Madeira. Foi assim que a Autonomia de que tanto fala contra os colonialistas ficou de cócoras e sem autoridade. Foi assim que os políticos de cá ficaram marionetas dos lobbies que criaram e com quem tiram selfies.

Eu creio que se acabaram os eleitores tapadinhos da década de setenta e inícios de oitenta. Acredito que já é demais esta manipulação grosseira que faz entender que o respeito de Jardim pela inteligência do eleitor é nenhuma. Veremos no futuro, novos erros deste senhor perfeito que enxovalha todos mas plantou monumentos de despesismo, inutilidade e má planificação pela ilha. O senhor Jardim não tem razão, moral ou respeito, fala grosso por feitio até que algum dia seja surpreendido pela dureza de alguma resposta de gente farta das suas alarvidades.
"Façam como eu, não liguem!"
Observem com os vossos olhos: