As obras, os queridos e o Lixo.



No topo da SREI a máquina das obras continua igual a si mesma, com os mesmos vícios e os mesmos esquemas montados há mais de duas décadas. Na verdade, Amílcar não controla a SREI, a SREI é que o controla, e a custo zero, por isso mesmo, os artistas de sempre estão contentes com a prestação do novel Sr. Secretário. É cego, surdo e mudo, como eles gostam!

Diz quem o conhece, que Amílcar Gonçalves é honesto, e não é de dar água a pintos, e só o faz, porque recebe ordens diretas dos seus dois chefes queridos. Já todos percebemos, que para não dar nas vistas, os seus chefes obrigam-no, entre muitas outras coisas, a criar cargos na sua Secretaria para os seus entes queridos.

Lembremo-nos que Amílcar assumiu a Secretaria e até eliminou a sua anterior Direção Regional. A intenção de reduzir a máquina maquiavélica do Equipamento Social era boa, mas foi sol de pouca dura, pois foi de imediato coagido a aceitar como Assessores os dois espermatozoides que andaram na campanha da Rubina. Era preciso pagar o esforço da luta perdida com o Cafôfo.

Não nos esqueçamos que Amílcar Gonçalves, enquanto digníssimo vereador da Câmara Municipal, criticava, em alto e bom som, o despesismo das obras de Alberto João Jardim nas Ribeiras do Funchal, e por isso, foi com alguma estupefação e surpresa, que se assistiu aos valores das últimas adjudicações e aos mesmos de sempre.

A primeira fase (leia-se primeira, pois vai haver uma segunda fase) da reabilitação e regularização da Ribeira de João Gomes foi adjudicada por 12 milhões de euros, e, pasme-se, a reconstrução de 191 metros da ribeira Santa Luzia, custará mais 3,7 milhões de euros, isto é, uma miséria de 20 mil euros ao metro.

O que mudou Amílcar? A inflação?

Mas a história da SREI não termina aqui, entretanto, conta-se que, nos serviços jurídicos  a azáfama é grande, e à pressa, os juristas estão a cozinhar projetos de novas orgânicas para algumas das Direções Regionais do Amílcar, quiçá feitos à medida para mais queridos (e queridas) dos chefes.

Para os queridos vale tudo, desde a nomeação de Assessores que mais ninguém quer, Técnicos Especialistas de coisa nenhuma (alguns pintados de fresco das Universidades) e Direções de Serviço inóspitas para louras boazudas.

Mais lixo?
Devemos prosperar por merecimento, não por proteção.
Platão