O Panamá Papers esfumou-se quando havia nomes de madeirenses de altos cargos públicos envolvidos.
O que ressalta até ferir no vídeo que vai completar este texto é que "felizmente a Madeira nada tem a ver com isto" se não vejamos, não temos bancários do off-shore envolvidos em problemas com a Justiça, bancos corruptos e de esquemas inacreditáveis; nem temos construção civil, empreiteiros e destes ligados ao poder e à política; nunca tivemos convites de bancos e empresas de construção a políticos nem de políticos para viagens com estes; quase nem se vê construção, nem adjudicações directas, grandes empreendimentos, a onerar ou a receber compensações, indemnizações dizem eles.
Agora até é "proibido" oferecer presentes como viagens aos governantes, "coisa" recentemente aprovada.
A certeza é tanta que de um inquérito incriminatório a Rafael Macedo, por zelar pela causa pública, temos uma mera audição ao eixo do dinheiro.
Nós nem temos off-shore ou centro internacional de negócios e se o tivéssemos a nossa gente não tem problemas de fraqueza da carne e da luxuria, é um povo superior.
Ninguém conhece sacos azuis na Madeira, nem aparece gente visada que continue nos cargos impávidos e serenos; não temos abusadores dos dinheiros da União Europeia que se colocam a maximizar todas as oportunidades por um alto funcionário de alerta; nós nem temos associações empresariais nas mãos de gente capaz de se servir destes esquemas, ex políticos que nem enriqueceram.
Na Madeira temos o grande azar de todos os que apontam de dentro e de fora serem uns maldosos que querem mal à Região e são ameaçados de dedo em riste pelos beneficiários do sistema com a Justiça, quiçá por também estar acasalada com ela. Tudo boa gente. Insinuações maldosas.
Nós nunca tivemos todas as câmaras, empreiteiros, obras e Governo com origem em simpatizantes e militantes do mesmo partido ao que titularam de "no bom sentido". Nunca tivemos dívida inscrita e escondida para alimentar tudo isto com a justificação assente no aproveitamento de fundos comunitários. Nem temos muitos pobres e poucos ricos a indiciar má distribuição da riqueza. Somos um paraíso de boa gente e os de fora são uns invejosos mal-dizentes. Isto tudo não passa de uma insinuação recorrente em ano de eleições ... dos bandidos que querem fazer mal à Madeira.
Vamos à história dos bandidos por Pedro Santos Guerreiro do Expresso:
P.S.: vídeo sugerido por um leitor.
