A segurança madeirense dos infractores


Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 12 de Abril de 2019 15:55
Texto, título e recortes enviados pelo autor.

De tempos a tempos renasce a notícia de que a Segurança Social da Madeira é passiva e até conivente com as faltas de pagamento de algumas entidades, dos descontos efectuados pelos trabalhadores madeirenses à caixa de providência.

Essa passividade é assumida pelo Governo Regional quando confirma, ao contrário do que se passa em Portugal Continental,  que a divulgação dos infractores não "acrescentam valor para efeitos de opinião pública". Traduzido para bom madeirense, o Governo Regional diz que o povo não precisa de saber quem são os principais devedores à segurança social na Madeira.

Há quem diga que essa posição deve-se ao facto desses grandes devedores serem igualmente as empresas grandes lobistas da Madeira com quem os vários governos desta região muito devem pelo trabalho efectuado em prol das vitórias eleitorais e, aos quais, foi disponibilizado por "baixo da mesa" um tipo de crédito fiscal baseado na passividade das cobranças de dívidas à segurança social.

Que outra razão pode haver para um Governo Regional estar sistematicamente esconder esses dados, ao contrário do que acontece na República? Que valores mais altos deve o Governo Regional tomar em conta para ignorar situações tão graves como a falta de informação dos descontos da segurança social de funcionários por algumas entidades?

Chega-se ao ridículo de funcionários que apresentam queixas por irregularidades nos seus descontos à segurança social, receberem chamadas dos patrões chateados mal saem à porta dos serviços de inspeção da segurança social. A conivência vai desde o Governo Regional até aos serviços de inspeção?

Além dos maiores prejudicados serem os funcionários que muitas vezes perdem anos de descontos que nunca vão aparecer na sua carreira contributiva, as empresas cumpridoras são elas também vitimas de concorrência desleal por parte dos protegidos do sistema.

Chegaremos ao tempo em que estaremos a pagar a dívida que o Governo Regional fez e faz para enriquecer meia dúzia, com as empresas amigas protegidas, e descobriremos que a idade da reforma está cada vez mais para a frente, condenados a nos cortarem ou nem sabermos se recebemos o que imaginamos porque em tempo útil sonegam a informação. Isto tem que acabar nem que seja de rusga na Segurança Social, nas Finanças, em todos estes organismos que andam a promover duas caras e duas medidas. E porque ainda não saiu nada na comunicação social dobre o CINM? Estão os mesmos lá metidos ... não é verdade?