Máfia, Copy e Pasta

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A Direção Regional do Património e Informática tem a sua responsabilidade e gestão do parque informático do governo regional assim como das fotocopiadoras, que são centenas distribuídas por outros tantos serviços. 

A compra dos consumíveis, as peças de substituição, as reparações periódicas e a aquisição de máquinas novas, acontece com e sem processos de concurso, estes por ajuste direto com base em convites bem direcionados. A seleção do vencedor e a respectiva manutenção é gerida sob um manto de secretismo com um conjunto de figuras com a particularidade de, em termos de imagem, curiosamente terem hábitos muito próximos e sinistros, trajando de negro como figuras típicas de películas de mafiosos.

Rali das Fotocópias
Um grande mistério que o Ministério Público, esse cego, surdo e mudo para a Madeira, deveria dar atenção, pois este negócio das fotocopiadoras cai sempre a mesma empresa. Há muito por explicar por parte de funcionários como o diretor de serviços do património, conhecido pela alcunha de "O Cigano". Sabe-se que há uns anos foi dispensado discretamente dos serviços da Segurança Social , onde era dirigente na área do património (sempre apetecível), já com suspeitas de alguns hábitos menos aconselháveis. 

A empresa que ganha sempre tem a particularidade de patrocinar equipas de ralis com destaque para o carro que ganha quase sempre. Curiosamente do co-piloto açambarcador do poder nos ralis e no Governo. Este circuito fechado de patrocínios e concursos públicos é interessante. Muitas notas são bem distribuídas para não existir nenhum despiste. Consta que quem se atrever a propor outro caminho, mesmo mais barato é ameaçado para não pensar em se intrometer... Mafia do copy dá muita pasta!!

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Ai se mudas !
Um dos funcionários de confiança desta empresa é uma conhecida figueira que dá bêberas, militante do PSD da freguesia de São Gonçalo. Aborda de forma sorrateira os responsáveis dos departamentos governamentais e autarquias do PSD, ganhando vantagens comerciais. A concorrência não ganha um negócio que seja, grande e chorudo. Curiosamente esta freguesia é um viveiro de governantes. Este é um viveiro sim, mas sem jaulas, pois não se criam tubarões em cativeiro.

As responsabilidades vão mais além destes elementos, porque o subdiretor do Património e Informática e a própria diretora regional têm conhecimento de toda a promiscuidade assim como muitos dos seus colegas de governo, secretarias e respectivos chefes gabinetes, todos vão controlando qualquer tentativa de mudança de hábitos de consumo nesta matéria. Quem será o verdadeiro padrinho?
(...) Agora, eu pergunto-me até que ponto é que hoje os Governos governam?! Porque hoje ser-se Governo é um absurdo, na medida em que todos os Governos são governados (não me refiro aos Governos das grandes potências, mas de uma nação modesta como a nossa), são governados por um poder económico que emana de forças mundiais sem rosto. Portanto, eu não sei a quem cabe a decisão, não sei quem é que nos governa.

Natália Correia, in Entrevista (1983)