Saúde negligente e corrupta


Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 21 de Setembro de 2018 18:16
Texto, título e imagem do autor. Os artigos referidos foram adicionados em rodapé pelo CM.

O que posso dizer acerca de mim, que sou utente, que me faleceu uma pessoa por incúria e falta de condições nos hospitais da Madeira, que já conhecia e sofri na pele e que por isso decidi ir à procura de mais informação. Um azar levou-me uma pessoa querida ao hospital para uma área, apanhou uma infecção de outra área e por essa razão foi transferida para outro hospital onde apanha nova infecção da qual viria a falecer. Em vez de se restabelecer de uma queda, os hospitais significaram duas "machadas" com doenças. Na primeira entrada nunca nos passou pela cabeça que era a recta final de uma vida, era simplesmente ortopedia.

Quero dizer que a vida humana na Madeira perdeu valor devido à ganância. A saúde é um comércio e uma fraude instalada há muito, para enriquecer alguns, deixando a Saúde da Região no estado em que conhecem. Tudo custa demais para alimentar as máfias, os lugares são decididos por objectivos políticos para esconder toda a podridão da Saúde e não numa ordem de mérito para termos os melhores profissionais ao serviço da população.

É por esta razão que nunca é tornado público que temos má fama, não conseguimos cativar médicos a vir para a Madeira e ainda por cima conseguimos fartar os que estão que se vão embora, especialmente porque acontece como em toda a função pública, as avaliações não são correctas por mérito, é pelas amizades, pelo cartão partidário ou pelas apostas loucas de interesses comerciais. É assim que se oferecem cargos privilegiados e que se avaliam por cima alguns quadros do sistema.

O João Miguel Freitas, médico internista e apoiante do PSD, é uma fraude. Amigo de Homem da Costa e de Ana Paula Reis (infecciologista) irmã de Luz Brazão (diretora da Medicina Interna atualmente casada com Gil Bebiano da Neurocirurgia que tão só expulsou "politicamente" o Dr. Reis que teve de exercer a sua actividade no Hospital da Cruz Vermelha no continente (já falecido). Estas duas irmãs, conhecidas (as pretas de S. Vicente) estão fortemente oleadas no sistema. Fazem perseguições internas. Estão no topo de carreira à custa da fraude e algo mais ... . É aqui que está o poder mas isto não é uma novidade da Saúde porque quem é funcionário público, tem familiares ou amigos na Função Pública conhece estas histórias e é daqui que nasce o desânimo. Isto foi só um parágrafo de desabafo, só para entenderem como isto anda.

Na Saúde "várias pessoas estão sequestradas", por isso nomeiam e promovem escroques, canalha (jovens), para funções directivas máximas no hospital sem experiência e que estragam os ambientes e justiça/ justeza das decisões. Isto volta a não ser novidade, basta ver a Assembleia Legislativa Regional e as mais diversas Secretarias. Isto serve para progredirem rapidamente na carreira por forma a estarem agradecidos e a ocultar a fraqueza profissional dos mesmos não exercendo (a esmagadora maioria não tem qualquer idoneidade para lá estar). Claro que tinha que aparecer uma enfermeira politicamente activa na Saúde junto do Vice-Presidente. Brincamos!

As nomeações de entrevistas do hospital estão feitas à medida, com recurso à garantia de prova de voto no momento eleitoral. "Estão sequestrados". As acreditações no hospital são uma farsa.

Vamos a algo que me toca, porque para lá chegar soube de tantas outras. Tantas que espero não adoecer e cair nas mãos desta gente que começo a odiar por brincar com a saúde das pessoas.

Os Marmeleiros são um centro perigoso de morte por infeção para quem está doente ou debilitado. A diretora do organismo de controlo de infeção do hospital, Margarida Câmara e a sua equipa, alteram os dados relativos à infeção hospitalar. Mostram um falso sucesso protegido pela Direção Geral da Saúde de Francisco George - um criminoso (substituído pela atual braço direito e a presidir à Cruz Vermelha de Portugal) em forma de troca de favores relativos ao Dengue na Madeira. Se pegarmos na experiência dos utentes, nas visitas e nos doentes, sabemos que não bate certo, é muito evidente. Tão simplesmente porque não há condições e falta medicamentos para tratar, porque pelo aspecto do hospital sabemos que não há higiene e desinfecção, não está construído para ser hospital, porque os equipamentos ou estão obsoletos ou avariados, porque trabalha-se no improviso e não como deve ser. A eficácia dos tratamentos está condicionada a tudo isto e os doentes em vez de progredirem, ou vão lentamente por resiliência natural ou não resistem.

Todos os dias morrem várias pessoas e muitas outras ficam com sequelas graves relativas a negligência consentida por vários profissionais da saúde. Não sei como alguns fecham os olhos. Muitos calados por medo. Este problema da região, a mordaça sobre tudo o que está errado sob risco de perder o ganha pão que sustenta a família, é a principal razão para o estado da Saúde na Região. Se falas estás queimado e o senhor Secretário resolve almoçando com jornalistas.

É urgente prender os servidores do hospital para investigação forense. A saúde regionalizada é um meio fértil para uma impunidade flagrante. É urgente passar a pente fino a promiscuidade entre clínicas, laboratórios e fornecedores. A Clínica Atlântico vende serviços com recurso à fraude, provo. Aproveitam-se dos médicos para incrementar a idoneidade.

O Hospital central é perigoso, os Marmeleiros pior ainda, globalmente falando. Existem profissionais de excelência impedidos de exercer as suas competências por vários motivos. Há dias, depois de perder um familiar e estando a tirar tudo isto a limpo, porque tenciono fazer queixa, acabei por ler neste CM um senhor chamado Rafael Macedo da Medicina Nuclear. Pelo que tenho analisado, o homem ou é corajoso e desapegado, ou é louco ou é simplesmente decente naquele antro. Eu quero que seja a terceira hipótese para me dar esperança. Porque me interessa, fui pesquisar mais, esse senhor tem sido incansável e corajoso a alertar a população para este colapso técnico, de quadros e de decência na Saúde Regional. Todavia, essa situação representa uma gota neste esgoto que estou a descobrir e que serve a Saúde da população da Madeira.

É urgente uma intervenção externa, uma suspensão temporária da autonomia por forma a  identificar estes factos e deter os responsáveis por tudo isto. Onde anda o Ministério Público? É um alerta público que pode culminar numa queixa ao Tribunal Europeu dos Direitos Homem em Estrasburgo, como muito bem outros já disseram e que percebi integralmente ao descobrir a podridão da Saúde na Madeira.

Vamos acabar com a política e o "comércio" na Saúde da Madeira. O que tacitamente fazem crer, a corrupção não é segredo profissional ou deontologia da Função Pública é uma situação que qualquer funcionário público tem o dever de denunciar às autoridades. Do que está à espera o MP? Isto é de bradar aos céus! Então eu simples cidadão sei disto e muito mais e o MP não? Andam também metidos na política a fazer favorzinhos? Acham que fui injusto? Experimentem perder alguém sabendo disto tudo!

Peço a publicação e que por favor mantenham a coragem de dar este espaço livre à verdade.



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