Os erros pagam-se caro

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Por vezes é com novos episódios que vemos como a Autonomia ou República cometeram erros com os seus. Todos merecem ajuda, conforme o seu estatuto de cidadão nacional, lesado nacional, refugiado, retornado, emigrantes em apuros, etc.


O problema de como algum povo português encara o merecido apoio aos nossos emigrantes na Venezuela, em situação de apuro, tem a ver com as injustiças que se praticaram durante anos sobre os nacionais que residem no país e para os quais não houve contemplações na crise, não houve ajuda para salvar nada, que se encontram falidos e sem auto-suficiência, sem emprego, muitos deles de longuíssima duração, perseguidos pela máquina fiscal ou pela banca, sem direito a uma vida corrente, que perderam a casa, que foram mandados emigrar como solução fácil na boca de políticos ruins como o Pedro Passos Coelho. Todos válidos mas tratados como coitadinhos, infelizes ou enjeitados, alguns ainda gozados com a caridade política, a tal que faliu-nos.

É o desprezo da Autonomia e da República sobre aqueles que tinham uma vida organizada e que os faliram, levando parte dos seus rendimentos, que se reflecte na opinião com coração de pedra de muitos. Sofreram, perderam, as vidas mudaram e continuam a penar sem ajuda de ninguém. A Autonomia com a sua falência praticou o mesmo e todos estes políticos jogam para trás das costas. Falam para a frente porque é penoso olhar e falar para trás. Roubaram e faliram, levaram os outros a falir ou a por termo a vida e eles, sempre protegidos sem qualquer risco, sorriem com os privilégios e protecções da política. Ninguém fica sem bens na política.

Ninguém destes políticos se mostrou sensível ao desastre provocado na sociedade porque sabem do trabalho colossal que seria devolver a vida a estas pessoas. Elas continuam a existir, a penar em silêncio e como caso mal resolvido reaparecem sempre que surge uma comparação.

Por infelicidade dos nossos emigrantes na Venezuela, sem culpa, tornam-se comparação do que se oferece a uns e não a outros. São alvo de um Estado e de uma região cínicas que se querem mostrar solidárias perante a comunidade internacional e não querem falhar com os seus no exterior quando falharam com os seus no interior. Sempre a chafurdar, sempre a atirar culpas, sempre na desumanidade onde tudo é guerra política.

Aqui residem duas formas diferentes de actuar que colidem num mesmo Estado e Autonomia, que cria injustiças e discrepâncias, que depois se traduzem em mágoa para uns quando os outros precisam de ajudam. É o desalento de ter sido marginalizado, de ter a face que envergonha os políticos que roubaram para falir o país e a região. Os outros podem ser ajudados porque foi uma falência do Maduro.

É assim que os esquecidos das crises em Portugal se manifestam contra os apoios, por magoas nunca saradas. É um erro nacional, é uma semente plantada na permanente discórdia por covardes que faliram o país mas deixaram marcas para sempre. Os sofredores nacionais nunca esquecerão e o país mesmo certo da ajuda que deve prestar aos seus nacionais no estrangeiro encontrará sempre vozes discordantes por mágoa, dos que perderam pelos políticos nacionais que foram ladrões e irresponsáveis.

Todos os lesados têm razão, agora os governantes e políticos que criam problemas que os resolvam. Assim se desune o país. Estou farto de tagarelas que saíram da Universidade e arranjaram um tacho na política. PQP ! Outras que nunca serão sofredoras, só sabem fazer política inútil.