Pirataria nos mares e portos portugueses









Afinal nisto dos portos andam todos ligados, é uma área que dá dinheiro fácil e as culpas também são de Lisboa, portanto, isto agora chegamos a um acordo e temos que arranjar um bode expiatório nos estivadores.

É importante se dizer que aquela "Solidariedade" da Câmara de Machico surpreendeu-me pela positiva, foi a única coisa boa da semana. Não olhou para lobbies e para o PS, fez o que devia.

Quando vi o orgulho naquela foto da APRAM, a que meti no topo deste escrito, percebi que o poder não tem medo nenhum do povo, dos eleitores, dos outros elementos que participam nos negócios, dos estivadores. Olho para aquela foto e sinto que estão todos agradados enquanto pandilha que usa os portos Uma porque pensa que segura o tacho sem perceber daquilo, está feliz porque o DDT está ao pé como garantia de que não vai cair como Eduardo Jesus. O DDT, ao estilo pato bravo,sente que controla isto tudo, pelos vistos cá e lá.

Na semana em que a pandilha festeja em paralelo o seu sucesso pessoal, foi bom (estou no gozo) ver o entrosamento que existiu na representação madeirense no Portugal Shipping Week. A grande mistura de órgãos supervisores e de exploradores, é uma família do win-win. Eu protejo-te e tu fazes o mesmo. É assim que portos regionais e nacionais parecem enfermar do mesmo.

Talvez para estragar a festa o "Sexta às 9" lança um bidão de água fria sobre a Ministra do Mar que não teve tempo para pormenores, afinal é da mesma laia dos Sousas e o pato bravo gosta de gente da mesma laia para poder se movimentar. O ferry na Madeira é de facto uma imensa prova de obstáculos com toda esta pirataria dos mares e portos portugueses, porque estão todos ligados e sem independência, porque se deixam arrastar a asa ou porque praticam os mesmos abusos. Basta um recordar um rabo de palha que obtém tudo o que quer. Nesta mesma semana também enrolaram o outro do Grupo do Ferry com uns presentes. Não se pode ter vaidosos a liderar causas, estragam tudo. Aceitou logo o veneno que compra e destrói.

Todos se servem, não servem!



Entretanto, aqui ao lado nas Canárias, com mais de 2 milhões de massa crítica, nasceu um novo operador de ferries para servir a população, o Canary Bridge Seaways resultado da participação da Naviera Baleària e da Lineas Fred Olsen que já fretaram um navio (raios, eles encontram e nós não).

É impressionante a velocidade, sem mais conversas, como os nossos vizinhos pulam e avançam nestas coisas de portos, mares e ferries. A nova empresa de navegação fretou o ro-pax Clipper Pennant da Seatruck Ferries para operar a partir de Novembro numa rota entre o sul de Espanha e as Canárias. Quando há boa vontade, a mesma legislação internacional mas, com outros actores políticos nos governos e administrações portuárias, fazem "milagres". 

Nós por cá berramos e lutamos por ferry há anos e temos que dizer que o Sousa não pode continuar a explorar sem pagar, a explorar e a mandar no Governo Regional, a minar órgãos de comunicação social e associações comerciais e industriais, a usar poder para perseguir a concorrência e a perseguir estivadores que reclamam pelo básico para poder trabalhar e se sustentar neste grande negócio dos portos.

Estamos mal, e ainda falta mais esta dose de "lapas" que as autoridades, também compradas, não apreendem:



Para orgias nos portos levem protector solar, queima o rabiosque.