Um erro e um benefício da dúvida a APRAM

Monte da Guia parado em Lisboa com carga dentro.

Drª Lígia Correia, hoje até vai estranhar, vou-lhe dar o benefício da dúvida mas cometeu um erro. Isto não é sempre a subir julgando-se protegida só porque está junto dos poderosos. Sabe, isto quando der a volta vai ser lindo. Há muita obra por aí feita tresloucadamente e em moldes obscuros com processos em Tribunal, em Banho-Maria, quando foram feitas, os autores materiais a mando do boss julgaram-se a salvo mas a lei existe, mesmo que enxovalhada por juízes e advogado jeitosos. Não se meta em alhadas pensando que está com a força toda.

A APRAM prestou falsas declarações a Lisboa talvez por desconhecimento ou por fazer mais fé nos lóbis da Madeira do que na gente decente. Há um conceito errado na Madeira, quem reclama, reage ou argumenta é o mau da fita. Em tempos eram chamados de comunistas, sindicalistas, ambientalistas, maçónicos e da Trilateral. Isso são historietas para entreter incautos e desviar o olhar sobre as máfias da nossa terra. O que se sabe é que a senhora Lígia Correia optou por um lado e chegará a hora de se estatelar ao comprido se fizer sempre fé.

A ETP da senhora Cristina Pedra, seu pai e o Sousa, ignorou o pré-aviso de greve e colocou mecânicos a trabalhar nos navios Funchalense e Monte da Guia. Sabe que isto é ilegal, o que talvez a senhora Lígia Correia não sabe é que foi feito assim e assinou de cruz a informar Lisboa de que os navios tinham sido operados por portuários. Foi um grande azar, porque antes de chegar a sua declaração já sabiam em Lisboa dos truques da ETP com uma lista dos trabalhadores provenientes das oficinas, que executam trabalho ilegal e sem protecção, caso ocorra algum acidente pelo mau estado das máquinas. Como há serviços mínimos ao Sábado em Lisboa, o Funchalense em princípio não será afetado mas o Monte da Guia já chegou a Lisboa e está parado. A arrogância da administração da ETP está a dar frutos, 96 horas de paragem no navio da "concorrência", mais do que a navegação Caniçal - Lisboa. Foi de propósito? A senhora presidente da APRAM assinou de cruz, sabia?

Na passada Terça-feira houve algum charme e decência da APRAM a colaborar no plenário, não deixaram ninguém entrar que não estivesse escalonado nos turnos Cumpriu. Muito mais do que os senhores da Inspecção de Trabalho. Tendo cumprido escrupulosamente a legalidade, o pessoal da APRAM que trabalha no Porto do Caniçal foi profissional e correcto. Julgo até que foi esse plenário que induziu a Presidente da APRAM em erro, sem perceber que não está a trabalhar com entidades decentes que respeitam a lei, o lobby.

É por isso que hoje tem o benefício da dúvida. Corrija a trajectória porque acabando o poder isto acaba nos tribunais tal como exemplos passados.
De erro em erro, vai-se descobrindo toda a verdade."
Sigmund freud