O inquérito arrancou com a agressividade habitual de Carlos Rodrigues que poderia ter inquinado o debate se Antonoaldo não tivesse boa educação e trato correcto. Apesar disso, Carlos Rodrigues teve uma boa prestação.
Mas e o resultado? O prático foi zero! Mas ninguém estava à espera que a montanha não parisse outra coisa que não um rato. Ainda assim, com um Presidente da TAP a desfrutar da sua área e com deputados com sérias carências no domínio do negócio do transporte aéreo para fazê-lo suar, nem tudo foi mau. Melhor trato nos cancelamentos e aviões com mais capacidade para os mesmos slots, quando necessário, já são duas boas conquistas.
A TAP conseguiu gerir os trabalhos porque só com as suas respostas, e não respostas, se obteve matéria-prima para o trabalho. Antonoaldo iniciou o inquérito metendo a classe executiva e parlamentar às cordas redireccionando o termo "pornográficos" de Miguel Albuquerque a todos os funcionários da TAP. "Nenhum funcionário é actor pornográfico." O PSD-M deve acabar com os insultos, nunca retira mais valias.
Alguns argumentos mal preparados fizeram a delícia do Presidente da TAP. Não há Serviço Público e a TAP tem a composição accionista a seu favor em matéria de gestão do negócio. Assim, e de uma assentada, temos que com a liberalização da linha Madeira - Continente deixou de haver obrigações de serviço público, situação efectivada pelo PSD-M. O PSD de Passos Coelho fez a privatização de que agora o PSD-M se queixa por não haver forma de ter "mãos" na TAP. O "melhor que" do Subsídio Social de Mobilidade foi feito pela então secretaria de Eduardo Jesus e provocou o aumento das tarifas aéreas. No meio da impotência argumentativa, o PSD-M ofende e isso reverte contra a Madeira.
Neste conforto de asneiras cedido a Antonoaldo, Carlos Rodrigues esteve bem ao explorar a política de preços, destinos mais baratos e contradições da TAP que comprovam a sua leitura. As tarifas da Madeira são caras e raramente com campanhas, situação corroborada por Lino Abreu.
Mas e o resultado? O prático foi zero! Mas ninguém estava à espera que a montanha não parisse outra coisa que não um rato. Ainda assim, com um Presidente da TAP a desfrutar da sua área e com deputados com sérias carências no domínio do negócio do transporte aéreo para fazê-lo suar, nem tudo foi mau. Melhor trato nos cancelamentos e aviões com mais capacidade para os mesmos slots, quando necessário, já são duas boas conquistas.
Assim nascem tarifas pornográficas |
Alguns argumentos mal preparados fizeram a delícia do Presidente da TAP. Não há Serviço Público e a TAP tem a composição accionista a seu favor em matéria de gestão do negócio. Assim, e de uma assentada, temos que com a liberalização da linha Madeira - Continente deixou de haver obrigações de serviço público, situação efectivada pelo PSD-M. O PSD de Passos Coelho fez a privatização de que agora o PSD-M se queixa por não haver forma de ter "mãos" na TAP. O "melhor que" do Subsídio Social de Mobilidade foi feito pela então secretaria de Eduardo Jesus e provocou o aumento das tarifas aéreas. No meio da impotência argumentativa, o PSD-M ofende e isso reverte contra a Madeira.
Quando Carlos Rodrigues insiste por via do Caderno de Encargos para chegar ao Serviço Público, Antonoaldo volta à carga e pede ao deputado para não usar indevidamente o Caderno de Encargos para justificar o Serviço Público, pois ele não existe. Com a insistência do primeiro, Antonoaldo pede a Carlos Rodrigues para continuar a ler. Alguma da estratégia de ataque foi eliminada com este episódio sem resultados práticos e levou Antonoaldo a sugerir assessorias aos deputados.
Onde comprovar o fim do serviço público:
Neste conforto de asneiras cedido a Antonoaldo, Carlos Rodrigues esteve bem ao explorar a política de preços, destinos mais baratos e contradições da TAP que comprovam a sua leitura. As tarifas da Madeira são caras e raramente com campanhas, situação corroborada por Lino Abreu.
"Antonoaldo é mais político do que nós todos juntos", palavras de José Prada. E foi. A agressividade fundada na razão absoluta típica do PSD foi ao longo do debate esmorecendo à medida que cada pergunta obtinha respostas ou Antonoaldo evitava.
Há um facto, sem conhecimento técnico, enfrentar 9 gurus da TAP é tempo perdido mas os deputados marcaram os seus golos porque vinham preparados, sobretudo nas tarifas e na insistência de factos. Antonoaldo acabou enfrentando sozinho o plenário. É um registo, apesar de por 3 ocasiões pedir para responder posteriormente porque não dominava ou não sabia.
Há um facto, sem conhecimento técnico, enfrentar 9 gurus da TAP é tempo perdido mas os deputados marcaram os seus golos porque vinham preparados, sobretudo nas tarifas e na insistência de factos. Antonoaldo acabou enfrentando sozinho o plenário. É um registo, apesar de por 3 ocasiões pedir para responder posteriormente porque não dominava ou não sabia.
A Comissão de Inquérito foi proveitosa no sentido de ambas as partes saberem o que resulta ou não. O PSD-M de que os insultos não levam a lado nenhum pois os atingidos podem modificar a forma de encarar os madeirenses à conta do Executivo Regional ou dos seus Deputados.
A TAP, por seu lado, percebeu que por mais voltas que dê não vai fundamentar, nem com publicidade, de que tem boas tarifas para o Funchal capazes de nos calar. Nalgum momento os deputados perceberam que alguma informação foi sonegada pelo Executivo Madeirenses sobre os seus contactos com a TAP em Lisboa, o que os deixou descalços para o resto do inquérito planeado e deu vantagem a Antonoaldo.
A oposição esteve sóbria, a jogar pelo seguro, Lino Abreu, Jaime Leandro, Ricardo Lume, em menor prestação Élvio Sousa, lento e de posses a desperdiçar tempo que depois faltou.
Confirmamos, mesmo com duas interrupções por dados confidenciais neste inquérito, de que a operação da TAP para a Madeira dá lucro mas oferece riscos e são eles que condicionam a forma de encarar o destino. Tem "piada" que Eduardo Jesus referiu dados confidenciais da TAP que mencionam que em 2015, 2016 e 2017 a companhia teve resultados de exploração na ordem dos 21 milhões de Euros. Quando se vê o valor pago pelo Estado à conta do Subsídio Social de Mobilidade começamos a "tirar as medidas" sobre a dádiva do mesmo à TAP.
Por breves milésimos de segundo Antonoaldo deixou escapar "mas digam-me como é que eu vou receber", claramente um gestor sobre brasas e uma empresa a crescer em equilibrismos que não deseja uma fonte de lucro se torne numa operação do tipo Caracas. Receber tarde também compromete o crescimento. Antonoaldo como que ensaiou uma moeda de troca, será que alguém entendeu? A decisão tomada na Assembleia da República para os passageiros só pagarem a sua parte e o Estado o resto é popular mas, vai-nos trazer mais problemas se não acertarem um financiamento. Andamos sempre a acumular problemas. De onde saiu a ideia? Pois ...
Por breves milésimos de segundo Antonoaldo deixou escapar "mas digam-me como é que eu vou receber", claramente um gestor sobre brasas e uma empresa a crescer em equilibrismos que não deseja uma fonte de lucro se torne numa operação do tipo Caracas. Receber tarde também compromete o crescimento. Antonoaldo como que ensaiou uma moeda de troca, será que alguém entendeu? A decisão tomada na Assembleia da República para os passageiros só pagarem a sua parte e o Estado o resto é popular mas, vai-nos trazer mais problemas se não acertarem um financiamento. Andamos sempre a acumular problemas. De onde saiu a ideia? Pois ...
Para tarifas pornográficas que tal comprar aviões sexys? |
João Paulo Marques não pode ser comentado até que perca os instintos à Jaime Ramos, primeiro manda boca, insulta, e depois do ambiente inquinado quer respostas sérias. Joga somente.
Eduardo Jesus passou o tempo a meter a mão na cartola a ver se saía coelho. Não conseguiu e reafirma-se como um elemento sem cara nem argumento para entrar no debate. É o principal responsável por parte da situação e busca desalmadamente justificações muito forçadas para os seus erros. Deveria estar em travessia do deserto.
O inquérito terminou com Carlos Rodrigues a descrever os laços de proximidade da Madeira com a TAP em busca de mais atenção para com a Região Autónoma em "Stopovers" e a ligações directas que a Madeira deixou de ter. Invocou moderadamente o pior acidente aéreo da TAP para criar laços emocionais que, de certa forma, acaba por ser um contra senso na sua insistência sobre a "folga" sobre os limites de ventos da TAP no Funchal. Seria aumentar o risco.
Antonoaldo não assina as alterações dos limites de ventos na Madeira para TAP até estudo que prove o contrário. Nas tarifas também não mexe. Tivemos uma sessão de esclarecimentos onde obtivemos mais algumas dicas mas não as soluções. Aguardemos para ver o que o Presidente da TAP vai fazer, manter o registo ou alterar positivamente com uma maior atenção para todos os problemas invocados nas tarifas e no trato dos passageiros apanhados por cancelamentos.
Antonoaldo não assina as alterações dos limites de ventos na Madeira para TAP até estudo que prove o contrário. Nas tarifas também não mexe. Tivemos uma sessão de esclarecimentos onde obtivemos mais algumas dicas mas não as soluções. Aguardemos para ver o que o Presidente da TAP vai fazer, manter o registo ou alterar positivamente com uma maior atenção para todos os problemas invocados nas tarifas e no trato dos passageiros apanhados por cancelamentos.
A ALR marcou uns pontos com esta iniciativa da Comissão Eventual de Inquérito à Política de Gestão da TAP em relação à Madeira, sobretudo porque a TAP acedeu em participar, bem mais corajosa do que Paulo Cafôfo, com certeza com menos certezas.
Longe de mim pensar que, passados tantos séculos das epopeias marítimas, abordaria as aéreas.