O dinheiro que falta na escola pública aparece na privada

São 30 Milhões e não este número!
Eu não sei explicar isto. Ou sei mas, quero me fazer de tonta.

A escola pública deveria ser a única da responsabilidade da Secretaria da Educação e o que me parece é que vai sendo a parente pobre. A escola pública tem sangrado, baixa natalidade traz reflexos nas escolas que não são aproveitados para, com menos alunos, melhorar o ensino. Antes pelo contrário. As turmas estão cada vez maiores, em salas sem condições para albergar tanta gente, sobretudo em época de calor. A produtividade e a qualidade do ensino baixa com o aumento da quantidade de alunos por turma e os seus diversos níveis cognitivos na aprendizagem.

Na escola pública estamos sempre a ouvir sobre falta de equipamentos, de consumíveis, de manutenção, de dinheiro na acção social, das condições nas cantinas e das salas de aula. Os professores compram com seu dinheiro bens para que possam dar aulas. Computadores, projectores, etc.

Se por um lado na escola pública procuram-se todos os estratagemas para poupar na penúria, vendo e encerramentos sinistros, por outro lado observamos as escolas privadas cada vez mais apoiadas pelo dinheiro público através do Governo Regional. É injusto que um contribuinte tenha que pagar quando tem seus filhos na escola pública. Paga fillet-mignon aos outros e come tremoços.

As escolas privadas, abrem naturalmente por iniciativa privada e têm por fim o lucro, não o subsídio, são os país que querem ter lá seus filhos que devem sustentar este tipo de ensino. O senhor secretário ao fazer jogo no DN de hoje esquece-se que, de hoje para amanhã, outros privados de outras áreas poderão argumentar a sua elegibilidade para subsídios do Governo Regional. Há demasiado por fazer no ensino público! Deveria se estar a trabalhar na qualidade do ensino mas parece que acham que já aprendemos a viver sub-financiados e que podemos continuar. Assim é natural que as escolas privadas apresentem resultados. Quantos filhos do poder estão na privada?