Espelho meu, há Carvalho mais belo do que o meu?


O secretário de Educação, pagou duas páginas de propaganda no DN da Madeira, edição do dia 28 de Outubro, sendo que uma das páginas é totalmente dedicada somente a uma foto sua, com o mapa da Madeira e do Porto Santo por detrás, num um ato de masturbação politica com elevação ao auge da sua condição de secretário Sol num governo cheio de cinzentões. Nunca Miguel Albuquerque foi tão longe no culto da sua pessoa e Alberto João Jardim tal permitiria a um subordinado.  

No CM por momentos, na página 28, pensamos estar perante anuncio de uma megafesta de Halloween, com a fantástica criação do Dr. Frankenstein a olhar-nos de forma ameaçadora. Afinal era algo pior. Mete medo ao susto e... nojo também.

O mandato de Jorge Carvalho tem nesta reportagem a imagem completa e profunda do que esta personagem representa, a vaidade e o egocentrismo acompanhados por um vazio de ideias, que fica bem patente nas respostas produzidas (pelo seu assessor ex jornalista e "pitbull" a tempo inteiro) para as perguntas encomendadas. 

O desprezo pelos colegas de governo é evidente ao aproveitar o facto de ter a tutela da comunicação social e assim poder pagar a fortuna por duas páginas (28 e 29), sendo que a página 28 é excelente para o Diário pois recebeu (ou pagou favorecimento) e já tem uma foto para a sua galeria de patrocinadores). 

Há imensas formas de sodomizar os colegas de governo e de profissão e Jorge Carvalho coloca em prática várias, esta é original, mas acontece porque o presidente e os colegas são passivos. 

Temos aqui matéria para um novo best seller - "50 tonalidades laranja - um tratado sadomasoquista."

Quem anda distraído (ou também estava de costas) é o Tribunal de Contas, pois foi bem aproveitada a oportunidade que deu a este facínora, que domina muito bem a arte de distorcer utilizando a comunicação social vendida e encomendada. 

De uma análise do Tribunal de Contas (TC) com recomendações de gestão financeira, fez um figurão. Só ficou a vista é que de Educação não percebe nada. 

Num ato de pura vaidade congratula-se e diz que vai antecipar os problemas (pena não serem as soluções). Como o vai fazer? Jorge Carvalho oculta a verdadeira solução: despedir os professores do sistema público. A falta de vergonha e humildade é tanta que até coloca uma página inteira com uma foto sua quando anuncia tal medida.

Há uma extraordinária contradição nesta entrevista. Com mais de 300 milhões de orçamento e 94% destes para pagar salários, como vai combater as despesas e promover poupança? Só despedindo. O relatório do TC diz claramente que as reformas não vão acompanhar a perda de crianças por baixa natalidade. Logo, esta entrevista mostra o caminho, despedir em massa os professores, o elo mais fraco e descartável da sociedade laboral actual. 

No CM encontramos, outra prova da perversidade desta contradição. O facto de ter aumentado o valor de apoios para o Ensino Privado, quando este, tal como o público. terá cada vez menos crianças. Ou seja, com duas realidade idênticas, uma é destruída e outra é apoiada.

A principal razão para despedir em massa e contratar cada vez menos professores é simples. O futuro Hospital já não será pago por Lisboa. É urgente poupar os 8 a 10% do orçamento da Educação que se gastaria com o descongelamento da carreira docente. Algo que nunca irá acontecer para a maioria dos professores na Madeira e Porto Santo. Há que preparar o futuro e afastar muitos professores que irão ficar com horário Zero, sem turma, por exemplo. 

O CM tem a informação, que os directores regionais da secretaria de Educação já preparam os futuros diplomas legais para assegurar esta chacina laboral. Acordem camaradas!! As fusões de escolas obrigam a existir menos escolas, logo menos salas de aula, com mais alunos por sala, consequentemente menos professores serão necessários. O facto de colocar mais educadoras por sala é o principio do fim. Porque não abrir mais salas, com menos crianças, e estas terem mais atenção e estimulação numa fase importante do desenvolvimento? Também não contratam mais assistentes técnicos e operacionais, porque já não vale a pena. É para fechar escolas publicas o mais rápido possível.

Como responsável pelas comunidades madeirenses aplica a mesma formula, o desastre. Acompanhou o Secretario de Estado das Comunidades na visita à Venezuela durante vários dias e não se ouviu qualquer expressão de opinião, que não fosse repetir ideias e soluções alheias. Segundo comentaram ao CM, nem se aproximava dos conterrâneos com aspecto mais humilde. Seria horror a pobre ou traumas de infância? 

Sem vergonha e novamente com desprezo pelos colegas, não articulando com nenhum deles, apresentou-se na comunicação social como tendo resolvido sozinho a vida de milhares de emigrantes venezuelanos. Esqueceu-se que a vida de cada família emigrante é complexa e muitas famílias não têm casa para morar e o IHM não tem soluções para mais de 300 famílias oriundas da Venezuela que precisam de casa. Esta é a prova que este secretário não respeita o trabalho dos seus colegas de governo. . 

Nem todos os emigrantes têm um sogro que oferece terreno e casa a cada filha. Este secretário é o coveiro do PSD e isso não nos importa, mas ser o da Educação e das famílias madeirenses emigrantes isso sim já nos deve importar a todos. O Mistério Público não deveria estar mais atento? 

Os Homens não são maus por natureza;

atractivo interesse os falsifica.