Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 9 de Outubro de 2018 21:31
Texto do autor. Ilustração e título CM.
Já todos assistimos ao momento em que, após premir o gatilho, a arma não dispara. Salva-se assim o bom da história e sabemos que a dada altura o bem triunfa sobre o mal. Mas a vida real é bem mais interessante do que a ficção. Que o diga José António Castro, vereador sem pulso para quem tem a faca e o queijo na mão. Enquanto brincam às profecias apocalípticas de fins de mandatos, eis que o principal continua imaculado.
A inércia da ilha, essa continuará sempre idêntica, e para gáudio daqueles que trabalham para a apatia do desenvolvimento de uma ilha esquecida, estes protagonistas são os peões certos. É caso para dizer que esta oposição dispara com pólvora seca.
As profecias são anunciadas aos sete ventos nos matutinos para que toda a Madeira saiba que o fim está próximo. Depois, entre portas, são mais amigos que o Cafôfo e a malta do Savoy. Mas por serem oposição devem ser inimigos? Nada disso. Simplesmente alerta-se para o facto da paz podre que vigora ser prejudicial para todos.
Enquanto discutem as barracas a atribuir nas festas locais (que nem isso sabem fazer direito), perdem-se no essencial. A peixe continua a ter de ir para a Madeira depois de pescado no Porto Santo. O barco já parou à Terça-Feira para "descanso" e manutenção, dependendo dos aviões divergidos neste dia. A Binter já voltou a não conseguir descolar para Porto Santo para conseguir fazê-lo para as suas origens pouco tempo depois. O problema da mobilidade continua por resolver.
Quem deve fazer lobby para os interesses da ilha preocupa-se em fazê-lo sim, mas para os seus próprios interesses e do seu partido. A malta já não quer saber se continua o mesmo ou se muda para Cafôfo. A malta quer é ver com os seus olhos a mudança para melhor. Se quiserem outras palavras ... que a ilha seja desbloqueada.