Um teste à paciência.



Observatório da Comunicação Social 
Carta do Leitor A. Ferreira 
28 de Agosto de 2018, 02:00 - Diário de Notícias da Madeira 
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"Durante este mês que está a findar tivemos entretidos com mais de 3 arraiais por dia (em média), caso para dizer que isto é uma terra sempre em festa. Do mar à cebola que por vezes até faz-nos chorar, das gastronomias ás temáticas, das dos santos ás paróquias, tudo é motivo nesta terra para dedicar uma festa e ou diversão que entretenha a população. 

E não é que esteja contra as festas, aliás até alinho nalgumas, mas o facto é que acontecem tantas coisas pelo meio disto tudo, que parece que as ditas festas são ,propositadamente organizadas para distrair o pessoal. Fazer testes à resistência para quem ganha a medalha de ouro comparecendo no maior numero de festas possível, para ver qual a que aglomera maior número de visitantes, qual a que se consomem mais comidas e bebidas. 

Uma coisa que faz das inúmeras festas uma competição que poderá desencadear num concurso internacional de arraiais festas festinhas e festanças. Entretanto na parte da governação fazem-se por detrás da cortina das festas outros testes. 

Testa-se o Helicóptero no combate aos incêndios que durante mais de 40 anos nunca foi viável, mas que agora pelo facto de pouco ou nada haja para inaugurar, alterou-se a designação para teste. Faz-se o teste do avião de carga que afinal nem, sabemos muito bem o que carrega, mas o resultado poderá ser quem sabe, tipo diagnóstico de doença incurável que não se tem coragem de dizer ao doente. 

Faz-se o teste da Binter para as ligações da Madeira com o Porto Santo, afinal com um comprimido analgésico sem saber bem o diagnóstico da doença. 

E por fim o teste do Armas, para a ligação Madeira continente, onde é muito semelhante ao que aconteceu comparativamente à gripe das aves, medidas de prevenção, depois a gripe suína, medidas de prevenção, a gripe epidérmica (A) e o remédio foi o mesmo, só que no caso do Armas4 (quatro) anos a doença ou a cura parecia ser encontrada, mas os caprichos de uma meia dúzia puseram sem efeito e suspenderam o tratamento, agravou-se a doença, e agora apresentou-se uma solução por meio de um teste quando o problema já esteve mais do que resolvido. 

Ou seja reactivou-se a doença, para depois aparecerem como heróis apresentando um teste a uma possível solução. Quando o aeroporto cada vez mais condicionado poderá cumprir com as necessidades de ligação da ilha com o exterior e se condiciona aquilo que já deveria ser uma rotina mais que consagrada no hábito de viajar dos portugueses no geral e madeirense em particular, quando desde sempre dependemos das ligações marítimas desde à 600 anos quando foram descobertas estas ilhas atlânticas? 

Desta vez será que o povo cumpre quando for chamado a eleger futuros governantes e com uma penalização arrasadora corre com aqueles que querem manter a Madeira isolada e distante, não permitindo que as ligações pela auto-estrada marítima sejam uma alternativa entre a Madeira, o continente e as ilhas que nos são mais próximas?"