Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 1 de Fevereiro de 2019 15:37
Texto e título do autor. Imagem CM.
Quem são eles?
Quase todos funcionários públicos. Conseguiram bons trabalhos na administração pública, da Região Autónoma, e atualmente são fiéis militantes do partido, que há 41 anos governa a ilha.
O partido chama-se PSD. É uma espécie de “máfia”, mas “no bom sentido” como chegou a afirmar o antigo presidente do governo. Alberto João Jardim esteve à frente do destino político do arquipélago da Madeira, durante 37 anos consecutivos.
Ele, usou o poder como ninguém. Montou uma poderosa máquina política. Admitiu 20 mil funcionários, na administração pública. Em troca, pedia-lhes o voto e a obediência. Com esta estratégia ganhou todas as eleições.
Julgo que foram pelo menos 45 vitórias. Em 2015 retirou-se. Em 2019 voltou, para apoiar o atual candidato do partido, que está com dificuldade para ganhar as próximas eleições.
Sabem que, se o partido perder, perdem o poder. Podem deixar de mandar, para serem mandados. É isto que move os militantes do PSD. Não são as necessidades do povo da ilha!
Segundo dados oficiais, existam 50 mil madeirenses que vivem perto da pobreza, num universo de 260 mil habitantes. O PSD é um partido colado aos empresários, e às empresas de construção civil, que nos últimos 30 anos, construiriam estradas, em toda a ilha, com fundos da Europa.
O partido - governo não consegue negociar com o estado português, um modelo de transportes marítimos e aéreos, mais favorável para os madeirenses.
Pagam entre 600 e 1000 euros pelo transporte de um contentor de carga, entre Portugal continental e o arquipélago ( cerca de 900 quilómetros).
Sempre que precisam de viajar entre, a Madeira e Lisboa, ou, Porto, são as duas maiores cidades portuguesas, chegam a desembolsar 400 e 500 euros por um bilhete de avião. Depois recebem um reembolso do estado português, que no máximo, pode chegar aos 314 euros. O problema, são os 400 euros, que pagam à cabeça, sempre que viajam.
Outro problema é a saúde. Governo e câmara do Funchal, aprovaram a construção de um hospital privado no arquipélago. Os médicos estão calados, porque vão trabalhar nos serviço regional de saúde, e vão ganhar dinheiro no privado. Atualmente os doentes quase que são proibidos de acederem ao sistema público de saúde. Há perto de 30 mil, em lista de espera, para fazerem um tratamento: pode ser uma consulta, cirurgia, exame, ou, com um problema mais grave de saúde.
No sistema público, os médicos, apenas garantem os serviços mínimos, porque à tarde, estão nos consultórios privados a atender os doentes, que em desespero, pagam e bem, para serem tratados. Ninguém fala. Governo, políticos e médicos.
Aprovaram o tal hospital privado, antes de garantirem a construção de um novo hospital público. A região precisa do apoio financeiro do estado português para fazer a obra. Curiosamente os orçamentos da saúde, crescem quase todos os anos. O dinheiro é para pagar a “medicina convencionada”. Ou seja, o governo paga aos privados para tratarem os doentes. Nesta “medicina privada” há vários modelos. Alguns, os doentes são obrigados a pagar uma parte dos tratamentos. O governo a outra parte. É através deste negócio, que o novo hospital privado, espera recuperar os 42 milhões de euros que investiu. Há um grupo de acionistas com fortes ligações políticas ao PS e esperam que o partido ganhe as eleições na ilha, para contratualizarem serviços de saúde.
É esta ilha, que este ano, vai escolher um novo presidente. Até agora foram todos do PSD. Pela primeira vez, o principal partido da oposição, o PS, pode eleger o próximo governante, mas nada vai mudar.
Em Portugal, há 2 grandes partidos políticos: PSD e PS. São muito parecidos. Não é por acaso, que o país surge como um dos mais corruptos do mundo. Quem sofre é a população. Cada vez paga mais impostos, e aos poucos perde serviços que antes eram gratuitos, ou, suportados pelo estado. Neste caso, governo autónomo.