O PSD-M era o partido mais difícil de se arrancar informação, agora não, e isso ajuda-nos a perceber o que vai naquele saco de pulgas. Claramente, as internas fizeram mal àquele partido e possibilitou o afastamento de quadros que qualquer partido desejaria ter. As internas provocaram desuniões mas este líder, Miguel Albuquerque, muito convencido, pensava que criaria junto dos seus amigos do Jet7 madeirense um outro partido paralelo que cresceria com o engodo do poder.
Sem quadros com experiência governativa, sem humildade política e muito convencidos das asneiras, estas perduraram, sem marcha atrás, amplificando o desastre. Talvez o Subsídio Social de Mobilidade seja o exemplo mais claro disso. Muito se falou, muito se disse que era o melhor, o Presidente Miguel Albuquerque muito insistiu nas páginas do Diário de Notícias mas os factos são indesmentíveis. Eduardo Jesus acabou na Assembleia como prémio de derrota (todo Renovadinho recebe) depois do lobismo Sousa lhe ter puxado o tapete e provado que o "doa a quem doer" de Albuquerque é letra vencida. O falhanço perpetua , pagamos fortunas no transporte aéreo até mesmo em tarifas baixas.
Bem dizem que o tempo esclarece tudo e assim foi. Dos Renovadinhos iniciais cheios de porrada, piropos e convencimento sobre todos, temos agora um silêncio sepulcral onde cada um busca vínculo perpétuo na Função Pública e, nem se importam que o seu adversário interno os venha socorrer e dar ordens, Alberto João Jardim. Só idiotas, que não sabem fazer contas, é que não vêem como unidos era difícil a maioria absoluta e que agora é impossível. A começar pela situação entre portas.
Num governo e partido de meretrizes masculinos e femininos, as internas e a governação trouxe o encerramento definitivo da máquina partidária do PSD-M e da sua capacidade governativa porque os melhores, até agora ostracizados, não vão colaborar depois de não serem ouvidos, atendidos ou respeitados. A má governação do PSD-M é uma ofensa para os seus melhores quadros. Uma vergonha. Miguel Albuquerque foi pior do que Alberto João Jardim a queimar quadros e não querem se misturar. Quem comeu a carne que roa os ossos. Enquanto os Renovadinhos andam entretidos nos procedimentos concursais para tachos aos seus queridos, o lindo serviço que fica para o PSD-M é um partido à deriva com os melhores em silenciosa debandada por vergonha. Nunca se viu um PSD-M tão gozado.
Jardim esgotou o tempo de muitos fazendo permanecer sempre os mesmos, Albuquerque traiu os da sua geração para ir buscar a palha do Jet7 que, constantemente, vemos a produzir asneiradas para o nosso divertimento. Albuquerque, "gigolô" mal parido, precisa de rédea curta e quando se deslumbrou sem ela só fez asneira. Reduziu o PSD-M a menos de metade e, apesar de alguns velhos sedentos para manter impérios na mama do erário público será, no meu ver, o coveiro deste PSD-M. É caricato, Deus dá nozes a quem não tem dentes.
Jardim que tantas vezes chamou os outros de traidores deveria fazer um acto de contrição sobre a verdadeira definição do termo, é capaz de comportá-lo, praticou os mesmos de sempre a mamar e agora temos os lobismos que nos infernizam, uma Nova Madeira Velha. Junte o PSD de Jardim mais a quecada de Albuquerque e veja o que dá. Ficam cada vez mais os piores.
Isto é como nas revoluções, se corre bem és um herói, se corre mal és um traidor mas a maior piada ainda é que quem culpa toda a gente será o principal culpado no fim da história, vergado, sem poder e sem soluções porque as queimou todas por incompetência. Para a história ficará Albuquerque, o recife artificial que se visita com garrafas de oxigénio às costas pela muita água que mete.
- Esta é a experiência. Dinato, escreve isto bem.
- Que escreverei, companheiro?
- Que Ninguém busca consciência, e Todo Mundo busca dinheiro.