Esperteza de Monopolista



Na passada semana o CM reportou as novas regras que a APRAM através da sua administração vai implementar no Porto do Caniçal para tentar limitar a quantidade de informação que sai para a opinião pública relativamente ao caos na gestão do porto e dos seus equipamentos, além do constante favorecimento ao Grupo Sousa nas manobras de descarga.

Nem mais a propósito, hoje segunda-feira dia 3 de Setembro, a OPM já voltou ás suas rotinas de ficar com todos os meios de descarga vertical do Porto do Caniçal para descarregar o seu navio, deixando a concorrência sem máquinas. O seu navio Funchalense 5 esteve a manhã inteira a funcionar com as duas gruas de levamento vertical, enquanto o navio da Transinsular foi obrigada a fazer descargas apenas com as gruas próprias do navio e obviamente mais limitadas e lentas. Com o início da tarde, e já com o seu navio bastante adiantado na descarga, então é libertada uma grua para o navio da concorrência.

Uma atitude várias vezes denunciada aqui no CM

A tradição volta a ser o que era, no sentido de prejudicar e afastar qualquer concorrência . E a concorrência acaba por desinvestir na Madeira (como já aconteceu com o navio Passat) e a procurar outros mercados com empresas menos protegidas pelo poder político. Como exemplo, veja-se o caso da Transinsular que aposta numa nova rota entre a Europa e África.


Os portos da Madeira continuam subjugados a um feudo pessoal de um grupo económico que em todos manda e em tudo decide. O povo lentamente começa a aperceber-se o como é danosa esta situação. O Ferry ARMAS com todos os entraves que ainda hoje é sujeito, provavelmente será a face mais visível deste colete de forças que durante anos a Madeira foi metida, mas no porto comercial do Caniçal a situação é das mais aberrantes na Europa no que toca a exemplos de proteccionismos e indícios de práticas pouco legais.

Tudo isto acontece com o desinteresse despreocupado de quem devia fiscalizar e actuar em favor de um mercado liberalizado.

Do hábito da resignação nasce sempre a falta de interesse, a negligência, a indolência, a inactividade, e quase a imobilidade.