O CDS-PP condenou-se à extinção ao aceitar negociar com o PSD-M… como se fosse possível fazer um bom negócio com aldrabões… os aldrabões nunca pagam… Assim, para não perder os tachos de deputados e permitir a sobrevivência do partido por mais uns anos, os deputados centristas estão condenados a viabilizar a governação laranja (logo, na prática existe uma maioria absoluta do PSD-M)… a não ser que permitam a governação de uma coligação PS+JPP com o objectivo de:
- Desmontar a máquina laranja de compra de votos;
- Impedir o transporte de votantes laranja (pois os outros não são transportados) nas eleições;
- Extinguir as fontes de financiamento do PSD-M;
- Despartidarizar a Administração Pública e associações por si subsidiadas (inclusive, Casas do Povo e associações humanitárias). Sem os tachos, muito provavelmente, o PSD-M sofrerá desmobilização e em seguida guerrilha interna. Isto acarretará o seu enfraquecimento.
O líder dessa eventual coligação deverá ser um individuo de coragem claramente anti-PSD e que queira os denunciar publicamente e criminalmente (este não é o perfil de Cafôfo). Imaginemos que CDS faz um acordo com o PSD, e o PSD não cumpre. O que poderá o CDS fazer? Nada a não ser que queira extinguir a sua representação parlamentar. Albuquerque sabe disto, por isso está a negociar com o Barreto. Barreto deve querer cargos e Albuquerque não lhe quer dar nada… e sabe que há medida que o tempo passa a posição negocial do CDS enfraquece… cada vez menos os deputados centristas poderão não permitir a governação laranja pelas razões acima apontadas.
A única hipótese do CDS escapar a esta teia laranja é permitir uma governação PS+JPP. Para isso terá que aferir se cá na Região a “guerra política” é esquerda contra direita; ou é PSD contra os Outros. Estou convencido que é esta última hipótese… e que quando o PSD-M estiver fraco e desorientado, o CDS pode acompanhar o PSD na provocação de eleições antecipadas sem ter que pagar o ónus da culpa… e tendo apresentado trabalho… propostas aceites em prol da população.
Esta luta não é partidária. Esta luta é pela Liberdade. Esta luta é para destruir o Monstro. O Monstro é tão perigoso que há uns meses, um laranja poderoso chegou às instalações de uma empresa e disse: “Qual o mal de me dares uns bifes se eu te der uma vaca?”. O responsável pela empresa recusou… e em seguida viu o seu negócio continuamente decair. Também houve empresários que aceitaram a proposta… mas em seguida só podem comprar bens e serviços a certas empresas. Até já chegou ao meu conhecimento de um caso em que uma trabalhadora foi despedida por “extinção do posto de trabalho”, mas em seguida foi contratada para esse posto uma aparentada com um dirigente laranja.
É preciso destruir o Monstro. Agora temos a oportunidade, mesmo com eleições viciadas e com compra de votos a níveis nunca vistos. O Monstro está a crescer. Está a aumentar cada vez mais o controlo do Governo Regional e dos DDT’s sobre as empresas e os cidadãos. CDS faz com que o Monstro seja destruído. Neste momento, está tudo nas tuas mãos.
- P.S.1- Depois de Portas aceitar coligar-se ao PSD nacional, o que é que aconteceu à votação do CDS-PP
- P.S.2- Sem a resolução do novo Governo Regional, a campanha para as legislativas aqui na Região não se inicia. Isso beneficia Albuquerque? Na minha opinião, sim.
Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 24 de Setembro de 2019 18:04
Texto e título enviados pelo autor. Ilustração CM.