Fim ao Assassinato das Cabras das Desertas.



Membros da DxE- Madeira deslocaram-se, hoje, 17 de Setembro de 2019 até a Deserta Grande, ultimo local onde ainda restam alguns animais vivos, e desenvolveram uma acção direta de impacto e sensibilização para aquilo que se considera um atentado a vida e à existência íntegra e pacifica das Cabras das Ilhas Desertas.

Por meio deste comunicado de imprensa e fotografias anexas, solicitamos vossa melhor divulgação das acções desenvolvidas hoje assim de como dos nossos argumentos e fundamentos de defesa da sobrevivência da Cabra das Ilhas Desertas Estes animais selvagens sofrem uma agressão inaceitável. São exterminadas sem qualquer base científica, que se conheça, e sem misericórdia alguma. São abatidas ou envenenadas sem qualquer respeito pela sua condição de seres A razão e causas do seu extermínio residem em suposições, especulações e entendimentos medievais e cruéis. Qualquer ser vivo nasce com dignidade !!!

Esta “técnica de conservação” que tem sido utilizada pela Secretaria Regional de Ambiente e Recursos Naturais através do Instituto de Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) desde o ano de 1996 não oferece qualquer segurança e garantia que justifique o abate destes animais. Argumentos soltos, interpretações criativas e fantasiosas. São estas as melhores praticas de gestão das espécies animais numa reserva ? São as Cabras das Desertas invasivas, infestantes ou daninhas ao equilíbrio ecológico da Deserta Grande ? Vivem e sobrevivem naquele ecossistema desde o Séc. XV foram introduzidas mando do Infante D. Henrique em 1453 Onde estão os fundamentos para a matança !?

Que se publique ou torne publico a documentação que sustenta e consubstancia as decisões do Instituto de Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) Em relação ao publicitado relatório final da auditoria realizada recentemente pela bióloga espanhola Blanca Ramos Losada a quem a Secretaria do Ambiente atribui apoio e cobertura para o abate das Cabras das Desertas. Que este relatório seja publico ! Que se conheça, de facto, se essa posição esta plasmada no relatório entregue pela auditora ao Concelho Europeu no âmbito da renovação do  Diploma Europeu para as Áreas Protegidas. A Cabra do Bugio já foi extinta em 2006 pelo uso de um rodenticida que foi usado para exterminar coelhos e ratos, no Ilhéu do Bugio. As cerca de 200 cabras selvagens que restam na Deserta Grande podem estar emparentadas geneticamente com as do Bugio. Para verificar esta hipótese, é necessário fazer um estudo genético das Cabras das Desertas, comparando-as com as amostras existentes da Cabra do Bugio.

Queremos, igualmente, denunciar a total impunidade do IFCN na extinção da Cabra do Bugio, quando existiam diversos trabalhos técnicos e científicos para a obtenção da Classificação de Espécie Única para a Cabra do Bugio, tal poderia ter possibilitado a preservação da sua espécie única no Mundo. Devido à erradicação da Cabra do Bugio e da redução significativa da população de Cabras das Desertas, surgiram 2 espécies invasoras de plantas (abundância e tabaqueira) que estão à ser controladas mecanicamente e com uso de glifosato, um herbicida de toxicidade elevada, cujos efeitos secundários são doenças gravíssimas:
  • TDHA Transtorno de défice de atenção e hiperatividade,
  • Alzheimer,
  • Anencefalia,
  • Autismo,
  • Defeitos congénitos,
  • Deficiências no crescimento hormonal,
  • Cardiopatias,
  • Crescimento anormal dos órgãos genitais,
  • Cancros cerebrais em Crianças, Cancros da mama,
  • Intolerância ao glúten e doença celíacas,
  • destruição dos tecidos renais de milhares de agricultores,
  • Colites,
  • Depressão,
  • Diabetes,
  • Hipertireoidismo,
  • Doença inflamatória intestinal,
  • Doenças hepáticas,
  • Esclerose lateral amiotrófica,
  • Esclerose múltipla,
  • Linfoma não Hodgkin,
  • Doença de Parkinson,
  • Gravidez de risco,
  • Obesidade,
  • Problemas reprodutivos e Doenças respiratórias.
Portanto, a aplicação do Glifosato nessas ilhas rochosas e íngremes escorre, por gravidade, diretamente para o mar, pondo em risco ambiental todas as espécies marinhas desde cetáceos (baleias e golfinhos), os lobos marinhos, tartarugas marinhas, peixes, floras e faunas aquáticas.

QUEREMOS, IGUALMENTE,

RESPOSTAS DAS ENTIDADES RESPONSÁVEIS PARA ESTAS QUESTÕES:

  • Extinguiu-se a Cabra do Bugio com rodenticida, será que o herbicida Glifosato vai levar à extinção de alguma outra espécie endémica das Ilhas Desertas?
  • Sendo que as cabras já estão nas Desertas há mais de 500 anos, em equilíbrio no Ecossistema, mesmo passando fome em época de escassez, será que não estará a promover a manutenção do coberto vegetal?
  • Porquê cultivar a morte em vez da coexistência nos Ecossistemas?
  • Porque matar os herbívoros e depois aplicar um herbicida de elevada toxicidade como o Glifosato? Vamos continuar à cometer os mesmos erros do passado? Como coletivo, acreditamos que a promoção da Região Autónoma da Madeira como Melhor Destino Insular Turístico do Mundo, deve ser acompanhada de uma real Preservação e Gestão dos nossos Ecossistemas, Recursos Naturais e Biodiversidade. Estas são as nossas riquezas coletivas enquanto população, e temos a co- responsabilidade de preserva-las para às gerações futuras.
Continuaremos a realizar ações de sensibilização e mobilização pela preservação das Cabras das Desertas, animais sencientes, com direito à vida e a coexistir em harmonia. Pela defesa do equilíbrio ecológico e por uma Cidadania consciente e activa... Pela DxE

Enviado por Denúncia Anónima 
Terça-feira, 17 de Setembro de 2019 19:18
Texto, título e imagens enviados pelo autor.