El Abogado de CDS


Antes de tudo, que fique claro que não sou xenófobo, isto é, não tenho aversão nenhuma ou antipatia a estrangeiros que venham viver ou trabalhar para a Madeira, sejam eles ingleses, chineses, ucranianos, ou venezuelanos.

No entanto como madeirense sou defensor da identidade própria do Ilhéu, e volto a  insistir que não tenho qualquer preconceito ou discriminação por culturas ou religiões externas, sejam elas ortodoxas, cristãs ou muçulmanas.

Como é do conhecimento publico, a Madeira, e sempre por razões económicas, é perfilhada  como uma terra de emigrantes, ou seja, somos reconhecidamente emigrantes em países como França, Africa do Sul, e Venezuela, onde os emigrantes madeirenses sempre foram considerados pacíficos e perfeitamente integrados nos países que os acolheram.

E isto a propósito de um dia destes ter estado na Ribeira Brava, e de ter ficado estupefacto com o facto de se falar mais castelhano do que português. Sinceramente por momentos pensei que estava em Caracas!

É público que muitos imigrantes (não todos) chegados da Venezuela vieram sem nada  e com o único objetivo de aspirar a uma vida melhor para os seus e para a sua família. O problema é que sem se aperceberem trouxeram uma cultura sul-americana longe dos padrões europeus. E no limite do esclavagismo, e na aflição da sobrevivência, aceitaram empregos de empresários desonestos recebendo abaixo do ordenado mínimo e a trabalharem dezasseis horas por dia, ou seja, sempre a roçar a ilegalidade.

E se os imigrantes até podem ser boas pessoas, os oportunistas políticos não o são, e viram nesta vaga de imigrantes uma oportunidade de votos, ou seja, nos tempos que correm cinco mil votos podem definir uma maioria absoluta.

O PSD e o CDS, estranhamente partidos populistas, não perderam tempo em tentar açambarcar os votos de quem trouxe traumas duma ditadura comunista.

E claro que  no meio disto tudo não podia faltar o Associativismo liderado pelos mais espertos, e não foi preciso passar muito tempo, para termos uma vereadora venezuelana nos destinos da Autarquia e possivelmente uma futura deputada do CDS na Assembleia Regional.

E para terminar, e correndo o risco de ser polémico, não posso concordar que 5 mil votos possam decidir o destino de 254 876 madeirenses.

Em democracia ganham os que votam! Vote, não deixe que os outros decidam por si!

“Uma sociedade sem preconceitos faz um mundo sem escrúpulos”


Louis Bonald