O Fim da Violência



A defesa da Direita Dois mil anos passaram desde o plantar da semente dicotómica da Bondade. Regada com sangue e sofrimento cresceu o suficiente para obscurecer a árvore da Justiça. As folhas Bondosas da igualdade (que não têm género, raça, nação, religião, mérito, qualidade, força ou sentimento de classe) obscurecem a violência física; promovem a violência espiritual de anular-se a si próprio e aos seus sonhos). 

A Bondade estrangula a flor Natural, pelo que são abjectos: sentir fazer parte de algo Maior, integrar-se na Sociedade, a família, o convívio, o toque, o sentimento, a emoção, o irracional e a sexualidade… Mas na sua dicotomia a Bondade cria um veneno, o seu promotor: o Estado, tudo medeia, pelo que em tudo interfere, e em tudo cobra a sua comissão. 

Para fazer parte de algo Maior tens que te enquadrar na Religião e pagar por seus ritos, integrar a sociedade tens que vestir, ter e agir de uma determinada forma; a família pagas para estar com eles; o convívio: tens que comprar bebida e comida, e arranjar um local; só podes tocar se pagares; para sentires vês espectáculos: filmes, música e livros; só podes sentir com os “bons” desde que consumas; para a emoção existem os parques de diversões, os desportos radicais; o irracional só pode ser executado desde que pagues o custo da impunidade; e a sexualidade podes tê-la consumindo os produtos adequados, vendo pornografia ou pagando em dinheiro ou com o resto de tua vida. 

O veneno-Estado (também conhecido como Leviatã) degenerou com a Liberdade para criar um ainda mais potente: a força da Economia abstracta sem qualquer outro fim que não a Economia-abstracta, e uma Sociedade que se vigia a si própria através do Livro das Caras. Platão envergonha-se do seu sonho. A folha da Igualdade desabrocha numa flor: somos todos iguais; é igual ter um perfeito mentecapto corrupto num cargo que alguém com mérito; tira-se a quem produz, dá-se a quem não contribuiu; é igual para o esposo ter sexo com sua mulher ou ela ter sexo só com outros ou outras. 

No limite os líderes regionais não conseguem distinguir entre eles próprios terem pés, olhos e mãos ou serem outros a serem privados dessas faculdades. Ultimam-se os preparativos para o fim da violência. Tentam-se calar os espíritos sencientes. 

O nojento ladrão ofende e difama todos os que são contra o roubo (sejam Júlio, Nicolau ou Benjamim) perante o olhar do que renega Deus e os Santos (perguntem-lhe se acredita no Inferno. Se não há Inferno, não há limite nem para a Malvadez nem para a propositada Inconsciência. Para a piada ser total podemos chamar-lhe “O que é como deus”. O Inimigo gosta de “mostrar o rabo”). A resposta da Bondade será como sempre dicotómica: a) permitir ao escroque que assedie os sencientes (que por sentirem sofrerão); b) acabar com a liberdade de expressão (e serão limitados os sentimentos e emoções avocados pelo homem comum). 

Em princípio os espíritos superficiais saturados de informação e ignorantemente solitários manterão a sua passividade e falta de profundidade. Como poderão os sem-tempo-instigados-pelas-necessidades-aparentes compreender a dicotomia de um Estado-que-na-prática-promove-a-corrupção/Estado-que-idealmente-promove-a-Bondade? 

Como poderão compreender isso, se seus líderes não percebem que o jogo é Dominação que leva à Corrupção e legitimação por Eleições, em vez de Legitimação por Eleições que permitem Corrupção e Dominação? (se percebessem isso atacavam a fonte de poder da dominação em vez de tentar ganhar eleições) 

A fase seguinte já se vislumbra no horizonte: 

A vitória das que odeiam a violência: “Nada a justifica - clamam elas”… e a dicotomia chega sobre a forma de aceitar todas as injúrias que nos são feitas sancionadas pelo Estado corrupto. 

A semente do Estado ensinar a “ser” ganhou os primeiros adeptos: vai-se tentar que “o homem deixe ser lobo do homem”… que pela dicotomia levará a que uns quantos lobos cooperantes entre si dominem todas as ovelhas produzidas em “fábrica”. 

A vitória da Bondade parece certa; quem se lhe poderia opor já foi afastado do escrutínio. Pouca diferença faz se vence o dentuça ou o homem-da-pedra… Como em tudo, a semente da derrota está na vitória. 

A Bondade imporá a Maldade sem limites… mas já não haverá ideal de espírito humano que a combata… pois superficialmente a Bondade venceu e o “homem/mulher” está satisfeito… e se não estiver, também não poderá deixar de mostrar a sua satisfação.

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-Feira, 2 de Setembro de 2019 21:17.21
Título e Texto enviado pelo autor. Ilustração CM