Le Saint Gothard de l'Atlantique

Lado Oeste, aquela ponta está "genial"
É errado de segurar, deixa-se correr. O importante é salvar vidas não acumulando detritos em cima, deixa-se resvalar.
Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 14 de Julho de 2019 11:52
Texto, título, link e fotos enviados pelo autor. Video e frames carregados pelo CM

Bom Dia a todos, sou emigrante na Suíça e estou de visita aos meus familiares na Madeira. Tenho andado por aí e vejo muita coisa sinistra. Peço que não se ofendam se usar algum humor, sou assim mas sem maldade.

A Suíça tem os mesmos problemas de orografia do que a Madeira e, apesar de país rico, o dinheiro gasta-se com juízo para render mais para outras coisas. Já vamos o que me fez escrever mas quero começar por isto, toda a obra bem integrada observa a natureza à volta e imita. As obras servem para ser úteis e para para se fazerem notar. Eu aprendi isto e deixo a ideia.

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Não sou engenheiro mas ando nas obras, aquela obra do túnel falso na Ribeira de João Gomes faz-se impressão, está mal, não é que aquilo não aguente mas porque é um exagero de betão que não foi feito para rolar a pedra até ao leito da ribeira e evitar os carros. Aquilo, descaradamente, é para consumir betão e aumentar a conta, talvez para chegar mais além do senhor Farinha. Deixe de dar Farinha ao nosso presidente e ao seu empregado.

Respeitando a força da natureza e do impacto ambiental, cobria-se um túnel falso para nunca haver pancada, ou seja, havia túnel e rampado de terra para a pedra rolar sempre até ao leito da ribeira e aí uma máquina trabalhava nela. Isto serve para evitar impactos na estrutura e garante muito mais sucesso. Eu estive em 5 obras com este problema, antes que me chamem os nomes todos como é costume nesta terra, estive nas obras dos acessos ao túnel de Saint Gothard e continuo a aprender com a manutenção das vias todos os dias. Ainda vão a tempo de corrigir, sobretudo no lado Oeste mas o custo já é de loucos, mal feito.

Aspecto total da obra
É uma ousadia enfrentar as forças da natureza, o que aprendi é que se chega a um acordo, não se segura um impacto, deixa-se rolar para lugar sem perigo, se um pedregulho cair em cima com impacto a obra vai segurar e depois cobram mais serviços para ir lá partir, etc? E aguenta? quem sabe o tamanho da pedra ou do deslizamento? Ninguém, por isso se conduz para um lugar sem perigo, deixa-se resvalar e passar sempre. As cabeças na Madeira estão mais feitas para facturar, é como a acumulação dos inertes na foz comum das ribeiras de Santa Luzia e João Gomes e a outra de São João. Faz-me uma tremenda impressão como se diz qualquer coisa e o povo come! Falar de betão projectado neste problema para justificar esta megalomania é absurdo. Ambas.

Lado Oeste saída do túnel antigo
A União Europeia deveria vir cá ver como gastam o dinheiro. Arranjaram um arquitecto para embelezar a zona? É o que dizem, que eu saiba, deixar integrado na paisagem, é receber um túnel falso comum, criava-se uma rede de escoras (não sei como se chama aqui) deitava-se terra em declive, procedia-se à plantação de arbustos e gramíneas. Este secretário é uma nódoa e este governo regional não sabe tratar da paisagem, anda louco, o turismo não vem para aqui ver betão, escondam-no!

Obra feita até hoje dia 13 de Julho de 2019 no lado Oeste. Com uma rocha tão grande ao lado acham que se vier muita terra ou pedregulho grande vão mesmo segurar? Deus dê sorte aos engenheiros e empreiteiros como tem dado nas obras das fozes das ribeiras e do cais novo junto a Avenida do Mar.
Os madeirenses que abram os olhos, estão a ser roubados com justificações tontas. Tratei de pesquisar e vi esta reportagem antiga:



Obra do lado Este, o problema é o mesmo mas a encosta é menos perigosa.
Peço o favor ao Correio da Madeira para me corrigir se falhar alguma coisa no português, o meu muito obrigado. Sigo vocês, parabéns pelo vosso trabalho.