O roubo dissimulado da estátua

Quinta-feira, 20 de Junho de 2019 12:13

Texto, título e imagem enviados pelo autor.

Parabéns ao CM por ser um sítio de liberdade onde se diz as coisas como são. A liberdade é muito mais ganho do que um ou outro exagero.

É verdade o que disseram e aqui está a prova. As elites da Madeira fazem o que querem e entendem. Esta peça era pública e colocada no sítio certo, com fundamento histórico, para honrar e lembrar um homem singular que, felizmente, passou pela Madeira. Uma figura da Segunda Guerra Mundial que pela persistência encaminhou o mundo para a liberdade.

Veio um pato bravo, sacou a estátua do seu sítio certo, em local público, para levá-la para seu uso no seu empreendimento a custo zero. O senhor não investiu com o seu dinheiro, pegou num bem público e levou para o seu hotel que nada tem de histórico, é simplesmente um comércio de alojamento. Não satisfeito, já está a privatizar meia baía condicionando o acesso. É para se irem acostumando.

Pergunto, qual o madeirense que poderia arrancar uma estátua do Funchal e levar para a sua casa? Digamos que sou muito Autonomista, posso arrancar a "Cicciolina" e meter na minha porta?

Se os bens e dinheiros públicos tornaram-se objecto de uso partidário para fins de campanha eleitoral. Se cantarias desaparecem de edifícios públicos e aparecem nas casas de elites. Se o CINM é semi-privado, se tudo se pode, até ver as elites a fugir a impostos e a roubar bens públicos, que moralidade tem alguém para acusar um Zé Ninguém de fazer o mesmo? Porque não podem seguir estes exemplos, tornando a sociedade numa selvajaria? Ah pois, para além da imunidade e impunidade elitista são ainda e sempre excepções.

É bom que o madeirense acorde e quebre este sistema, já não importa com quem mas esta gente ... rua!

Nota: a imagem que envio é do Diário de Notícias.